Fintech, as favoritas dos recém-diplomados em MBA
As escolas de negócios são o principal meio onde os fundadores de empresas tecnológicas ou start-ups encontram os seus novos trabalhadores.
Antes de frequentar o Mestrado em Administração de Negócios (MBA, na sua sigla em inglês), na prestigiada escola de negócios Wharton School da Universidade de Pensilvânia, Neha Goel seguiu uma trajetória profissional convencional, trabalhando como consultora na empresa de serviços profissionais Deloitte.
Contudo, depois de se graduar, decidiu enveredar pelo mundo da tecnologia financeira, ou “fintech”, com um emprego na equipa para as associações de telemóveis da Braintree, uma start-up que permite aos serviços baseados em aplicações – como a Airbnb, a Uber e o Facebook – aceitar pagamentos dos clientes.
Goel descobriu a tecnologia financeira através do seu emprego na Deloitte, aconselhando os negócios na Internet e apaixonando-se pela “liberdade e a tenacidade” das start-ups.
Também se sentiu atraída pela tecnologia financeira “porque oferecia trepidantes inovações com dramáticos e rápidos resultados”, comentou Goel, citada pelo Financial Times.
Numerosos fundadores de tecnologia financeira acorreram às escolas de negócios. Entre os ex-alunos do MBA da Insead, estão Giles Andrews, o britânico fundador da Zopa, a plataforma de empréstimos pessoa a pessoa (P2P, na sua sigla em inglês), e Taavet Hinrikus, o diretor executivo da TransferWise, o mercado de transferência de divisas online. Jeff Lynn e Carlos Silva desenvolveram em conjunto o plano de negócios para a Seedrs, a empresa de financiamento coletivo, como parte do seu programa de estudos do MBA na Escola de Negócios Saïd de Oxford.
Atualmente, à medida que os fundadores de tecnologia financeira expandem as suas empresas, estão a regressar às escolas de negócios para encontrar pessoal qualificado. Cerca de um quinto das contratações da classe do MBA internacional da IE Business School de Madrid no ano passado foi realizada por empresas de serviços financeiros. As fintech representaram 5% do total de contratações efetuadas, quando no ano anterior não tinham registado nenhuma contratação.
Os graduados sentem-se atraídos por estas jovens empresas de rápido crescimento, nas quais as suas decisões contam e onde se destacam como membros vitais da equipa, comentou Irina Zilbergleyt, diretora de talento e carreiras da IE Business School.