Faz Já quer ligar prestadores de serviços a clientes em Portugal

O projeto reúne num só local da internet quem pretende fornecer serviços e quem pretende contratá-los, tornando-se numa montra online.

A Faz Já é uma montra online para prestadores de serviços B2C. O projeto criou um marketplace que concentra num mesmo espaço quem pretende fornecer serviços e quem pretende contratá-los.

Sob o lema “fácil para quem faz, imediato para quem precisa”, a empresa tem como objetivo resolver dois problemas. Em primeiro lugar, o espaço de publicidade para trabalhadores autónomos e microempresas que queiram trabalhar e, em segundo lugar, evitar a frustração e poupar tempo perdido ao cliente que procura o profissional, segundo os seus fundadores.

A ideia para criar o Faz Já surgiu em novembro de 2015. O primeiro conceito surgiu de um local online onde uma pessoa ‘oferece’ algo que outra ‘procura’ e baseou-se nos portais de imobiliário (trabalho no ramo). O conceito depois foi sendo refinado e tornou-se no que hoje se pode chamar um Marketplace de serviços. Logo por volta dessa altura conheci o meu sócio Roberto Bricio, cuja experiência, trabalho e aconselhamento são fundamentais!”, explicou Francisco David Marques, cofundador da empresa.

Em Portugal existe já um serviço semelhante com a start-up Zaask, em Moçambique e Angola com o Biscate. Quando questionado sobre o que diferencia o Faz Já das plataformas já existentes, o jovem aponta diferenças relativamente à Zaask.

“O Faz Já pretende ser um site de listagens online. O Zaask é um ‘mediador automático’ de serviços. Assim, a Faz Já torna-se mais parecida com as Páginas Amarelas e OLX, por exemplo. Embora este ponto seja subjetivo, o feedback que tenho tido com quem falo é que os formulários pedidos pela Zaask ao cliente são longos, demasiado específicos e pouco ajustados ao serviço. O mesmo feedback acoplado com o sucesso do OLX e de vários marketplaces sugerem também a vantagem para o cliente de poder comparar, ver, contactar e escolher diretamente os potenciais prestadores a contactar”, enumera.

Em relação ao fornecedor, Francisco David Marques aponta como vantagens o facto deste “poder espalhar a sua página por todo o lado, pois o contacto é visível, e a página está mais adequada a um formato de serviço que uma página de Facebook. Nesse sentido, poderá ser anunciado como uma framework de websites para pequenos serviços”.

Enquanto que o plano de negócios da Faz Já incide na criação de planos pagos com mais funcionalidades, destaques e menções para prestadores pagantes, bem como em publicidade dirigida nas listagens dos serviços, “o modelo de negócios atual do Zaask incide na cobrança de créditos aos prestadores de serviços. Por créditos entende-se oportunidade de contactar um cliente”, acrescenta o jovem empreendedor.

Na Faz Já, o prestador de serviços tem ao seu dispor três planos, dois deles pagos com funcionalidades extra (conteúdo, design, destaque nas listagens, recomendações a clientes). “Quanto a este ponto, a vantagem para o fornecedor é dispor de um plano gratuito para testar o uso do website. E quanto aos planos pagos, serão sempre uma forma de ‘ser melhor que os outros prestadores’ e atrair potencialmente mais clientes. A vantagem não é absoluta, mas os créditos Zaask também apenas garantem um contacto do (potencial) cliente”, revela.

Depois de dar provas do seu trabalho ao Sberbank – o maior banco da Rússia e do leste da Europa, no Web Summit, a empresa continua com os olhos postos no futuro, mesmo “tendo consciência das dificuldades do projeto”.

“Tendo consciência das dificuldades, pretendemos catapultar o nosso produto através e não em substituição do Google e do Facebook. Não procuramos de momento investimento, procuramos sim conhecer quem já passou por estas dificuldades, para conseguirmos ultrapassá-las também!”, afirmou Francisco David Marques.

Atualmente estão a preparar o desenvolvimento do protótipo funcional e têm já um protótipo com o front-end visível e uma landing-page, onde já é possível efetuar o pré-registo de serviços. E estão a trabalhar no intercâmbio de serviços através de um grupo criado no Facebook há dois meses, contando sempre com o apoio do CRIE, um programa para empreendedores promovido pela Junta de Freguesia de São Domingos de Rana, nomeadamente ao nível de aconselhamento estratégico, contactos potenciais e processos de marketing.

 

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