European Innovation Academy: 70 portugueses integram o programa com base no Estoril
Arrancou a European Innovation Acadamy, uma iniciativa que vai ter como base o Centro de Congressos do Estoril e que reúne mais de 300 participantes de mais de 50 nacionalidades diferentes.
Dos mais de 300 participantes da European Innovation Academy (EIA), 70 são portugueses. O Centro de Congressos do Estoril vai ser o local de trabalho para os estudantes que, durante três semanas, vão contar com o apoio de centenas de mentores do mundo do empreendedorismo. Vindos de Silicon Valley e de outros centros de inovação tecnológica, há mentores e oradores de grandes organizações como a Google, a Universidade norte-americana de Berkeley e da também americana Alchemist Accelerator.
Na inauguração do programa, que decorreu ontem, estiveram presentes Marcos Soares Ribeiro do Santander Totta, Ricardo Marvão da Beta-i, o líder da EIA, Alar Kolk e Ken singer da Universidade de Berkeley.
A razão apontada pelos representantes das várias entidades para a escolha de Portugal é simples: “apesar de estarmos num ambiente bastante inovador, o que importa mais são as pessoas”. E foram as pessoas que moveram a organização até Cascais. O presidente da Câmara de Cascais referiu em comunicado que “ao receber a EIA não estou à espera que inventem a roda em Cascais. Mas estou certo que os 300 participantes de 40 nacionalidades e algumas das melhores universidades do mundo vão encontrar a atmosfera perfeita para inventar e inovar”.
A ideia de que os portugueses estão prontos para arranjar soluções foi passada pelo líder da EIA e por Ken Singer, da Universidade de Berkely. Com o objetivo de exemplificar esta ideia, Alar Kolk contou algo que se passou consigo numa estação de comboios portuguesa, onde pediu ajuda a uma pessoa para mudar o bilhete de comboio. Não sabendo como resolver o problema do líder da EIA, a pessoa procurou, durante 25 minutos, uma solução até finalmente conseguir resolver a questão. A resiliência da pessoa espantou Kolk, que referiu que este tipo de empenho em ajudar “não se vê habitualmente noutros países”.
Ricardo Marvão, cofundador da Beta-i, mencionou na conferência de imprensa que já conhecia a EIA desde 2015 e que tentou perceber como é que a aceleradora podia participar no programa. Tendo já tentado avançar com uma aceleradora para universitários, a Beta-i propôs ao vice-presidente da Câmara de Cascais levar a EIA ao concelho. “Tivemos um ‘pitch’ com o vice-presidente da CM Cascais e percebermos que podíamos avançar”.
O programa vai decorrer nas próximas três semanas, até dia 4 de agosto. São esperadas novas ideias e a criação de várias start-ups.
Leia também: “Empreendedores ‘millennium’: como lidar com a falta de business angels na Europa“