Equipamento português de desinfeção e higienização lançado ainda este ano

O dispositivo de desinfeção e higienização UVtizer, livre de agentes químicos, desenvolvido pelo CenTI e duas empresas portuguesas, deve chegar ao mercado nacional ainda este ano.

O consórcio constituído pelo CenTI, Instituto de Medicina Molecular João Lobo Antunes e pelas empresas portuguesas Castros S.A. e Matglow, está a desenvolver um dispositivo multifuncional – UVtizer – que permitirá a desinfeção, em simultâneo e no mesmo espaço, de superfícies de vários materiais sem a aplicação de agentes químicos. Esta inovação pretende ajudar no combate a doenças infeciosas com um elevado nível de contágio, como é o caso da Covid-19.

Sustentado na integração de luz UV-C no dispositivo VC, o equipamento incorporará sistemas de sensorização, robótica, mecânica, ventilação e funcionalização de materiais que asseguram a higienização de forma rápida e eficaz. A produção do equipamento é o resultado do know-how das quatro entidades envolvidas, sendo que o CeNTI é o principal responsável pelo desenvolvimento e conceção do design do dispositivo, prototipagem e assemblagem dos componentes, tendo também como responsabilidade o desenvolvimento de hardware e firmware do sistema de automação e controlo do dispositivo.

Já as empresas Castros e Matglow são responsáveis pelo desenvolvimento, conceção funcional e engenharia do dispositivo, prototipagem e assemblagem do mesmo e do sistema de desinfeção e tratamento do ar. São também responsáveis pelo estudo e definição dos set-ups e performances do sistema.

Por sua vez, Instituto de Medicina Molecular assegura o estudo e testagem da eficácia e eficiência do sistema de desinfeção e higienização das superfícies expostas ao vírus SARS-CoV-2.

O UVtizer encontra-se em fase final de prototipagem e deverá chegar ao mercado durante o segundo trimestre deste ano, de acordo com os investigadores, para se tornar numa ferramenta importante no combate à atual pandemia. O projeto é cofinanciado pelo Portugal 2020, no âmbito do Programa Operacional Competitividade e Internacionalização, COMPETE 2020, e do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional.

Em comunicado, os responsáveis do projeto revelam que este “foi pensado para ser utilizado em ambiente hospitalar, transportes públicos, salas de reuniões e congressos, espaços comerciais, escolas e infantários, hotéis, ginásios e uso doméstico. No fundo, em espaços interiores em que seja necessária uma higienização constante”.