Empresas nacionais no ranking das mais atentas ao bem-estar dos colaboradores
O Global Wellbeing Survey 2021 concluiu que as empresas portuguesas são das que implementam mais estratégias de bem-estar.
Um estudo promovido pela Aon, em parceria com a IPSOS, constatou que, a par do Brasil e da Índia, Portugal é dos países em que a aposta no bem-estar dos colaboradores é maior. O 2021 Global Wellbeing Survey tem como objetivo comprovar que a implementação de estratégias de bem-estar nas empresas reflete-se positivamente no seu desempenho, concretamente na satisfação e retenção de clientes. Ou seja, de acordo, com este relatório, uma melhoria de 3% no bem-estar dos colaboradores pode significar um aumento de 1% na satisfação e retenção dos clientes.
O estudo, que envolveu 1.648 empresas, em 41 países, refere ainda que uma melhoria de 3,5% da performance em bem-estar pode levar a uma subida de 1% na satisfação dos colaboradores e na aquisição de novos clientes. Por outro lado, com apenas 4% de melhoria nos programas de bem-estar pode alcançar-se 1% de crescimento dos lucros e, simultaneamente, um decréscimo de 1% na rotatividade de colaboradores.
No entanto, e apesar de, a nível global, 82% das empresas olharem para o bem-estar dos colaboradores como uma prioridade, apenas 55% adotam estratégias neste domínio. A percentagem não oscila muito na região da EMEA onde apenas 51% das empresas adota estratégias de promoção do bem-estar das suas equipas.
Ainda globalmente, as empresas portuguesas são as que, na EMEA, têm maior probabilidade de ter uma estratégia de bem-estar integrada com o seu negócio e políticas de talento (26%). Atrás da realidade portuguesa estão a Polónia, a África do Sul e a Irlanda, cada uma delas com 24%.
O 2021 Global Wellbeing Survey refere, contudo, que ainda existem barreiras à adoção plena de programas de bem-estar nas empresas, como por exemplo o nível de investimento nesta área (51% das organizações a nível global revelam sentir dificuldades neste tópico); a dificuldade de avaliação do retorno das ações de promoção do bem-estar (44%); e os baixos níveis de engagement e interesse dos colaboradores para iniciativas de bem-estar (42%).
O estudo revelou ainda que o stress é o risco de maior impacto no desempenho de bem-estar em 67% das empresas, seguindo-se o burnout, com 46%, e a ansiedade com 37%. Entre as principais preocupações das empresas estão também aspetos como work-life balance (65%), a saúde mental (40%), o ambiente de trabalho (40%) e a saúde física (33%).