Empresas com maior diversidade cultural e de género são mais lucrativas, mostra estudo

As estratégias de diversidade e inclusão permitem aumentar a produtividade, além disso têm impacto direto no desempenho financeiro, segundo estudo da Michael Page.

As estratégias de diversidade e inclusão (D&I) são atualmente fatores de crescimento e evolução das empresas, tendo impacto direto na sua produtividade e na performance financeira. Esta é uma das conclusões do estudo “8 Tendências para Executivos” da Michael Page, que analisa os atuais desafios e oportunidades dos líderes empresariais no decorrer de 2019.

As empresas que são constituídas por equipas de direcção mais inclusivas registam um crescimento de 19% nas receitas. Além disso, verifica-se 60% de resultados positivos na tomada de decisões por equipas de gestão onde a diversidade reina. Segundo a Michael Page, este é um dado particularmente interessante para empresas dos sectores tecnológicos, startups e indústrias, para as quais a inovação é um factor-chave.

O estudo mostra ainda que a diversidade não é apenas uma métrica para implementar, mas atualmente é parte integrante do sucesso financeiro das empresas. A análise sublinha também o problema de diversidade que existe nas organizações, destacando que o mundo empresarial enfrenta atualmente um desafio estrutural e ainda não percebeu exatamente a oportunidade que esta oferece. Os dados revelam que a percentagem de mulheres e minorias étnicas das 16 empresas da Fortune 500 ainda é reduzida. Nestas empresas, as mulheres representam apenas 6,4% dos cargos de direção e os caucasianos representam ainda a maioria (cerca de 73%) das equipas de gestão.

“Constituir equipas de gestão mais representativas é a melhor estratégia para responder ao desenvolvimento da tecnologia e à evolução do negócio. Nos próximos anos, em que as mudanças tecnológicas vão ter um impacto significativo nas empresas e na forma como as pessoas se relacionam com o trabalho, as estratégias de D&I são a melhor forma de responder à evolução da inteligência artificial (AI). A inteligência humana, e a sua infinita diversidade, é insubstituível, qualquer que seja o tipo de máquina”, refere Joana Barros, Senior Marketing Executive da Michael Page.

Outra das conclusões do estudo aponta para a necessidade de considerar a diversidade de forma mais abrangente, não apenas associada ao género feminino, mas à idade, género, orientação religiosa, sexual, contexto social, culturas e incapacidade. Quando representada entre todos os colaboradores de uma organização, tem um impacto direto no ambiente da organização, com um aumento na produtividade e no desempenho financeiro.

O estudo revela ainda que a diversidade é uma realidade da sociedade atual e um driver importante de inovação. Uma empresa com uma estratégia de D&I revela-se como muito mais enriquecedora e originará melhores resultados. As empresas que estão a descobrir que quando apoiam e promovem um ambiente de trabalho mais inclusivo, obtêm benefícios que superam as previsões.

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