Empreendedores procuram parceiros para levar projeto de construção a outros cantos do mundo

Ricardo e Pedro Oliveira querem levar o sistema construtivo ROL, que foi projetado para que as montagens de edifícios aconteçam de forma rápida e sem erros, para outros países.

Com experiência no uso de matérias primas nobres utilizadas na recuperação e restauro de edifícios, tais como compósito de carbono, perfis PRFV, Ricardo Oliveira começou por idealizar um modelo construtivo com base em produtos alternativas, mudando-lhes apenas a forma.

As matérias primas atuais, que obrigam a que se fabrique in loco, foram saneadas, com o objetivo de se obter uma qualidade premium desejada e para que a mão de obra não fosse um impeditivo para conseguir uma construção de qualidade, com baixa manutenção a preços competitivos, avança o responsável.

Segundo Ricardo Oliveira, cofundador do projeto ROL, “ser o próprio [do interessado] a montar o projeto caso queira passou a ser agora uma realidade, mesmo com a ajuda de pessoas alheias a esta indústria e recorrendo apenas a alguns profissionais do setor. As peças que compõem o sistema apresentam um design técnico avançado, com custos de produção reduzidos, garantindo um tempo de vida útil prolongado, sem qualquer tipo de intervenção”.

“Como empresário sempre estive ligado à venda de produtos e consultoria na construção civil, dando apoio inclusive em gabinetes de arquitetura e engenharia e formação aos aplicadores nas novas tecnologias. Fui agente exclusivo de algumas multinacionais com produtos técnicos em que liderei, tais como Mapei e depois BASF, entre outras. Durante estes anos, todo este trabalho foi pouco gratificante dado que as soluções propostas na maioria dos casos aos gabinetes ou promotores eram aceites, mas aplicadas pela metade ou mal-executadas em obra por falta de responsabilidade ou rigor dos aplicadores”, acrescentou, referindo-se ao novo modelo que idealizou.

No novo sistema construtivo são utilizados compósitos nobres na recuperação e restauro de edifícios, com provas dadas, sob o ponto de vista de resistência e caraterísticas mecânicas. Os compósitos em carbono são detentores de mapas de resistências mecânicas quer em relação ao desgaste, quer em relação à fadiga, atestando a veracidade do projeto.

“Estamos perante um sistema único que aceita todos os materiais de acabamento, desde os mais conservadores aos mais avançados tecnologicamente”, explicou o responsável ao Link To Leaders, afirmando que “em termos de arquitetura, a flexibilidade é total, desde o conceito tradicional ao minimalista”.

Entre as vantagens do ROL apontadas por Ricardo Oliveira, encontram-se as seguintes: prescindir de equipamentos de elevação; montagem da casa quando pronta visualmente igual ao método tradicional; a rigidez dos pisos assemelha-se aos conferidos por laje de betão, transmitindo confiança e conforto e o facto de o sistema contemplar ainda a possibilidade de utilização de revestimentos ventilados a partir de 25 cm de largura, crescendo sempre em múltiplos de 25 cm com alturas livres em função da resistência do revestimento.

Através do ROL, os arquitetos podem ainda usar diferentes estereotomias – arte de dividir e cortar regularmente os materiais de construção – sem custos acrescidos e o utente da moradia em situação de mudança de região ou país pode continuar confortável, situação impensável nos processos tradicionais, pois pode vender a casa e terreno, só a casa ou desmontá-la e deslocá-la para o seu próximo destino.

904 horas é, de acordo com os responsáveis do ROL, o tempo estimado para a execução da moradia modelo com 617 m² + 149 m² de alpendre, sendo que o custo pode ascender os 186 mil euros.

Neste momento, o Ricardo e Pedro Oliveira estão à procura de parcerias, “dado que queremos abranger a maior quota de mercado possível a nível internacional num curto espaço de tempo e, quem sabe, passar a vender a patente em diversos países”. Os empreendedores consideram que “na esmagadora maioria dos países europeus e asiáticos existem fábricas certificadas que dominam estas tecnologias de fabrico, caso lhes seja facultado os desenhos dos moldes e a formulação da matéria prima”.

Para poderem construir a casa modelo e a pequena estrutura para arranque, esta dupla procura ainda financiamento junto de investidores.


Resumo:
Responsável:  Ricardo Oliveira
Área: Construção civil
Produto:  Recuperação e restauro de edifícios
Mercado:  Nacional e Internacional
Necessidade: parceiros e investidores para
Contacto: rjvo.madeira@gmail.com

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