Empreendedoras: etapas para o sucesso na revolução digital

Existem três etapas que podem ajudar as mulheres a quebrar barreiras na transformação digital e a ter sucesso. As sugestões são do World Economic Forum.

Gerir um negócio ainda é uma batalha difícil para muitas mulheres, desde logo pela desigualdade salarial, acesso restrito a financiamentos e a serviços financeiros e as barreiras às micro, pequenas e médias empresas.

Em 2020, devido à pandemia, milhões de mulheres deixaram de trabalhar, as empresas fecharam-se e as poupanças acabaram, segundo o World Economic Forum (WEF). E com a pandemia a acelerar a mudança para uma economia digital, as mulheres arriscam-se a ficar mais para trás se não forem apoiadas neste processo com um maior acesso a ferramentas digitais. O WEF refere que nos países de baixo e médio rendimento, existem até 35 milhões de PME formais e 124 milhões de PME informais com pelo menos uma proprietária feminina.

Para garantir que estas mulheres empresárias conseguem sobreviver e prosperar nesta economia cada vez mais digital, o WEF sugere que estas precisam de ter acesso a três elementos críticos: capital, ferramentas digitais e competências, a juntar a um ambiente em que possam aceder e utilizar ao máximo estas ferramentas.

Acesso a capital e competências digitais
Formação e competências online, nomeadamente no que se refere ao comércio online, são essenciais, sobretudo se se quiser expandir para novos mercados. Nos países de baixo e médio rendimento existem menos 300 milhões de mulheres do que os homens a aceder à internet através de um telemóvel, o método preferido para conduzir negócios online. Nada melhor, por isso que, conquistar competências digitais.

Quebrar barreiras de género
Associadas aos inúmeros obstáculos socioeconómicos que penalizam as mulheres empresárias, também as barreiras de género entram na equação. Muitas vezes são invisíveis, mas substanciais no sucesso das empreendedoras. Por isso, sugere o WEF há que envolver as mulheres ao longo de todo o processo de desenvolvimento de soluções inovadoras em torno do acesso, produtos e serviços. A alteração do atual status quo só acontecerá quando as mulheres estiverem em posições de liderança, ao lado de líderes masculinos.

Ações para líderes
Para impulsionar a digitalização inclusiva é preciso olhar holisticamente para a vida das mulheres e analisar o que as está a reter. A revolução digital feminina e o combate a barreiras é possível, assegura o WEF, com um trabalho de parceria com Governos e comunidades locais, para assim reforçar o ainda frágil envolvimento das mulheres na economia, seja esta digital ou não.

De acordo com o World Economic Forum impõe-se a construção de economias mais sustentáveis e inclusivas, uma responsabilidade que cabe, por um lado, aos Governos – que devem trabalhar para criar um ambiente favorável para as pequenas e micro empresas lideradas pelas mulheres; ao setor privado – que deve reconhecer a igualdade de género; ao mercado financeiro – que deve expandir o acesso das mulheres ao capital, reavaliando modelos de risco; e à sociedade civil – que deve reconhecer as aspirações económicas das mulheres e envolver os homens no apoio à liderança das mulheres das micro e das pequenas empresas.

Comentários

Artigos Relacionados