Custos das empresas com planos de saúde vão crescer 4% em Portugal
Os custos dos planos de saúde disponibilizados pelas empresas aos colaboradores em Portugal vão aumentar cerca de 4%, em 2022, superando a taxa de inflação estimada de 1,2%, de acordo com as estimativas do 2022 Global Medical Trend Rates Report.
As empresas portuguesas vão voltar a registar um aumento dos custos com os planos de saúde no próximo ano. De acordo com o 2022 Global Medical Trend Rates Report, da Aon, é expectável que estes custos venham a aumentar 4% em termos brutos em 2022, uma subida superior ao aumento de 1,2% previsto para a inflação em Portugal.
Segundo o estudo da Aon, ainda que os dois últimos anos tenham ficado marcados por uma redução da utilização dos planos de saúde pelos colaboradores derivada da pandemia de Covid-19 e pelos consecutivos confinamentos, existem diversos fatores que vão impactar a subida dos custos com a saúde para as empresas. Entre eles, estão o envelhecimento da população, o declínio geral da saúde, estilos de vida pouco saudáveis, aumento da prevalência de doenças crónicas, e adiamento das idas ao médico durante a pandemia.
Para Rita Silva, Senior Associate em HR Solutions da Aon Portugal, “na edição do estudo deste ano, verificamos que cerca de 60% dos países inquiridos reportaram níveis de utilização do plano de saúde por parte dos colaboradores inferiores ou muito inferiores aos níveis observados durante o ano pré-pandémico de 2019, e embora ainda haja alguma incerteza quanto ao impacto dos cuidados de saúde no longo prazo, espera-se um gradual retorno aos valores anteriores”.
Em termos globais, as coberturas dos planos de saúde mais procuradas são as que estão relacionadas com a hospitalização (88%), os serviços clínicos de laboratório e de análises clínicas (83%), e os serviços médicos (74%). Portugal regista uma tendência uma semelhança, com a hospitalização, serviços clínicos de laboratório e de análises clínicas e estomatologia a serem os mais procurados..
Quem mais gasta com os planos de saúde?
Quando analisadas as tendências por região, a América Latina e Caraíbas destacam-se com o maior aumento dos custos de saúde face ao ano anterior, passando de 8.8% para 10.6%.
Em oposição, encontram-se a região do Médio Oriente e África, que passou de 12% para 11.1%, e a América do Norte, que desceu de 7.0% para 6.6% – na edição do ano anterior esta foi a única região a registar um aumento efetivo dos custos com os planos de saúde. Com uma tendência estável encontramos as regiões Ásia-Pacífico e Europa, a registarem 8.2% e 5.6%, respetivamente.