Crowdfunding do mês: Biovilla regressa à GoParity para novo financiamento
A cooperativa para o desenvolvimento sustentável na Arrábida volta a aliar-se à GoParity para se financiar em mais 100 mil euros.
Depois de em setembro do ano passado ter feito uma primeira campanha de dívida conversível aberta à sociedade civil através da GoParity, através da qual conseguiu angariar 100 mil euros, a Biovilla regressa à plataforma de financiamento colaborativo para uma segunda campanha, novamente com o objetivo de chegar aos 100 mil euros.
Os fundos da primeira campanha já estão a ser utilizados na expansão das instalações, através da ampliação do mercadinho e do turismo de natureza. Além disso, a capacidade de alojamento irá duplicar, a sala de formação será ampliada, será instalado um sistema de reciclagem de águas cinzentas e negras por forma a permitir a sua reutilização nos sanitários e regas de paisagismo. Mais água no sistema permitirá também mais água para a horta e consequentemente mais produção de alimentos biológicos.
“Esta segunda colaboração com a Biovilla é natural para a GoParity, uma vez que se trata de duas organizações focadas no empoderamento dos cidadãos para fazer a sustentabilidade acontecer. A segunda campanha irá permitir continuar a aumentar a capacidade de regeneração aumentando o impacto da Biovilla”, explicou Nuno Brito Jorge, CEO da GoParity.
O investimento total necessário para desenvolver o projeto da Biovilla é de 1 milhão de euros, sendo que um quinto (200 mil euros) serão alcançados através da GoParity, com participações desde cinco euros. Qualquer pessoa, desde que maior de idade, pode inscrever-se na plataforma e participar neste projeto.
Refira-se que a Biovilla foi criada há pouco mais de 11 anos com a finalidade de “impulsionar uma cultura de regeneração que torne o ecossistema no Parque Natural da Arrábida mais saudável, harmonioso e justo”. A cooperativa está instalada em 55 hectares no Parque, área em que estão inseridos um turismo de natureza, uma horta orgânica, um mercado biológico, espaços para eventos e um programa de apoio à criação de auto-emprego. A Biovilla tem capacidade para receber mais de dez mil pessoas por ano.
Com a ampliação das infraestruturas, a área de intervenção do projeto vai duplicar, permitindo receber e impactar mais pessoas e expandir a missão da Biovilla. Para além dos oito postos de trabalho diretos já criados, ao final de um ano, estima-se que o acréscimo de receitas provenientes do turismo de natureza e dos eventos atinja os 100 mil euros, que serão devolvidos à comunidade, dado que a Biovilla se abastece do que não consegue produzir, junto dos produtores locais. Com a expansão prevista, vai surgir na Biovilla um mini-mercado biológico a granel, que vai fornecer 3200Kgs de alimentos biológicos e com intenção de desperdício zero