Entrevista/ “Costuma-se dizer que “a união faz a força” e isto é bem verdade no mundo das start-ups”
“Infelizmente, as instituições académicas portuguesas sempre foram e continuam a ser bastante conservadoras e têm dificuldade em entender que os seus cientistas e académicos também podem ser simultaneamente excelentes empresários”. A opinião é de Pedro F. Costa, CEO e CTO da Biofabics, empresa biomédica que criou em 2017 e que atua nas áreas da engenharia de tecidos humanos e medicina regenerativa.
Cientista e empreendedor. Estas são duas das facetas profissionais de Pedro F. Costa que há cerca de cinco anos deixou o trabalho de cientista e coordenador de um mestrado na Holanda, para regressar a Portugal e concretizar um sonho de longa data: criar a sua própria empresa. Assim nasceu a Biofabics, um projeto atualmente com uma equipa de oito pessoas, e onde continua a pôr em prática a sua carreira de cientista mas não só porque como explicou ao Link To Leaders “adoro esta combinação de ciência, tecnologia e negócios e sinto-me sempre um privilegiado por poder ter a minha própria empresa, que é ao mesmo tempo um laboratório onde posso constantemente criar, testar e aplicar novas ideias”.
E ideias não faltam para o próximo ano. Depois de ter criado mais uma empresa (spin-off da Biofabics) na área da pastelaria, que poderá vir a ser uma montra dos novos produtos, tecnologias e inovações alimentares resultantes da investigação da Biofabics, Pedro F. Costa têm em agenda a realização de vários projetos europeus, a divulgar em breve, e a expansão para novas áreas de investigação e negócio. Todos eles sempre com um propósito comum: “ajudar a melhorar a saúde e qualidade de vida humana e animal e contribuir para a construção de uma sociedade mais justa, mais evoluída e mais feliz”.
O que faz uma start-up de investigação e desenvolvimento especializada em análogos de biotecidos 3D, que fornece soluções de nova geração para o estudo, mimetização, reparação e substituição de tecidos e órgãos?
A Biofabics é uma empresa biomédica, em particular com origem nas áreas da engenharia de tecidos humanos e medicina regenerativa. Isto quer dizer que temos muita experiência na criação de tecidos humanos (e animais) em laboratório. Somos especializados na criação de ambientes de cultura in vitro onde células individuais podem ser induzidas a multiplicar-se e originar tecidos que, por sua vez, se podem organizar e originar órgãos complexos.
Desenvolvemos dispositivos que permitem fazer estas culturas de um modo automatizado e estandardizado, ou seja, que podem fazer as mesmas culturas vezes sem conta, originando sempre os mesmos resultados e sem intervenção humana.
“(…) temos já vários projetos de investigação europeus em curso para desenvolver modelos de tecidos e órgãos tais como osso, cartilagem, pele, pulmão, fígado e coração”.
E qual a aplicabilidade das soluções?
Este tipo de tecnologia tem uma evidente aplicabilidade no futuro ao nível da transplantação e reparação de tecidos e órgãos. Atualmente, existe também um grande interesse nestas tecnologias para a criação de modelos in vitro de tecidos e órgãos, ou seja, para criar em laboratório estruturas biológicas muito semelhantes às que se encontram no corpo humano de modo a ser possível dentro do dispositivo em laboratório estudar e prever o que acontece no corpo humano.
Um exemplo de aplicação óbvia destes modelos seria na indústria farmacêutica, de modo a permitir testar o efeito de fármacos de uma maneira mais segura e fiável e sem recorrer à utilização de cobaias animais ou humanas. Tanto a geração estandardizada de tecidos/órgãos como a criação de modelos in vitro de tecidos/órgãos poderão ter um impacto imenso na área da saúde humana, sendo que os modelos in vitro estão neste momento mais próximos do mercado devido à sua menor carga burocrática/regulatória.
Neste momento temos já vários projetos de investigação europeus em curso para desenvolver modelos de tecidos e órgãos tais como osso, cartilagem, pele, pulmão, fígado e coração.
Quais as potencialidades da vossa tecnologia e para que setores de atividade?
Além da evidente aplicabilidade no setor da saúde, o tipo de tecnologia que desenvolvemos pode ser aplicada em muitos outros setores de atividade, sempre que seja necessária a criação de algo a partir de células/tecidos humanos ou animais.
Dois setores alternativos que já estamos a começar a explorar são o da alimentação/nutrição e o da moda/têxtil. No setor da alimentação estamos já a utilizar os nossos modelos in vitro para melhorar a alimentação animal e poderemos até, eventualmente, chegar a explorar a produção de carne em laboratório.
No setor da moda/têxtil estamos neste momento a começar a explorar a produção de pelo e lã em laboratório assim como no futuro poderíamos explorar a produção de outros materiais como, por exemplo, o couro.
A nossa estratégia passa sempre preferencialmente por colaborar com os melhores de cada área, portanto estamos sempre abertos a desenvolver novas tecnologias e produtos em conjunto com outras entidades.
Uma das vossas mais recentes inovações é exatamente produção laboratorial de folículos capilares que poderão substituir lã, pelo ou cabelo, com grande aplicabilidade no mundo da moda. Como esperam que a vossa solução venha a contribuir para melhorar a imagem desta indústria, considerada uma das mais poluentes do mundo?
O objetivo deste projeto (Furoid) que estamos a iniciar é produzir em grande escala folículos capilares de humanos, pelo de espécies em vias de extinção e ainda lã de ovelha, mas em laboratório e a partir de biópsias. Deste modo, pretende-se eliminar o sacrifício de animais e tornar a indústria da moda mais eficiente e “animal-free”.
Este é um projeto que a Biofabics executará em conjunto com mais duas empresas, uma com sede na Holanda e outra na República Checa. O parceiro holandês é bastante forte na manipulação genética de células enquanto o parceiro checo é especializado na produção de umas membranas muito específicas onde é possível colocar estas células e fazê-las crescer, quase como um tecido.
Neste projeto, a Biofabics irá focar-se fortemente na otimização da cultura celular automatizada, de modo a ser possível cultivar muitas células ao mesmo tempo, em ambientes controlados, de modo a ser possível obter tecidos muito semelhantes às peles, pelos e lãs recolhidas normalmente de animais. Este método de geração de materiais nobres para a indústria da moda/têxtil torna-se muito mais interessante (eventualmente até mais rápido e barato) e os animais agradecem.
“(…) as instituições académicas portuguesas sempre foram e continuam a ser bastante conservadoras e têm dificuldade em entender que os seus cientistas e académicos também podem ser simultaneamente excelentes empresários”.
Como surgiu o projeto Biofabics e quem esteve na sua origem?
A Biofabics surgiu em 2017. Após uma longa carreira desenvolvida, maioritariamente, no mundo académico em Portugal e no estrangeiro, resolvi concretizar um sonho que me acompanhava desde a infância, o de criar a minha própria empresa. E para tornar o desafio ainda mais interessante, resolvi concretizar esse sonho em Portugal.
Naquela altura estava a trabalhar no estrangeiro há alguns anos e achei que seria o momento de regressar a Portugal. Inicialmente, a minha ideia era a de continuar como académico e criar uma spin-off. Após contactar várias instituições em Portugal nesse sentido, percebi que por variadas razões isso seria muito difícil de conseguir.
Infelizmente, as instituições académicas portuguesas sempre foram e continuam a ser bastante conservadoras e têm dificuldade em entender que os seus cientistas e académicos também podem ser simultaneamente excelentes empresários. Perante este cenário, decidi correr um grande risco e dar o salto. Deixei o meu trabalho de cientista e coordenador de um mestrado na Holanda, regressei a Portugal e criei independentemente a empresa Biofabics. Desde então continuo a desenvolver uma carreira científica cada vez mais intensa e interessante, mas simplesmente faço-o a partir da minha própria empresa, que é gerida por mim, e não a partir de uma típica universidade ou instituto de investigação académico.
De qualquer modo, devo dizer que apesar de a Biofabics ser uma empresa completamente independente, tivemos a sorte de contar com o apoio incondicional de várias instituições. Por exemplo, temos sido muito acarinhados pela Universidade do Porto que nos acolheu como uma das suas spin-offs. Também fomos acolhidos incondicionalmente pela UPTEC (Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto) onde a Biofabics esteve incubada praticamente desde que nasceu. Fomos também adotados pela cidade do Porto que desde há muito tempo tem feito um esforço fantástico na dinamização e incentivo do desenvolvimento do seu ecossistema empreendedor e das suas start-ups.
Todo este apoio dá-nos motivação para sermos cada vez melhores, de retribuirmos todo o carinho que temos recebido ao longo dos anos e também de contribuirmos da melhor forma possível para o desenvolvimento económico e científico local e nacional.
“Este financiamento (…) irá permitir-nos desenvolver uma nova tecnologia que poderá ter um grande impacto na indústria da moda e do têxtil (…) também poderá ter um impacto significativo na indústria relacionada com a cirurgia estética, em particular na área da implantação capilar”.
Receberam recentemente 700 mil euros da Comissão Europeia… que salto pode significar para a Biofabics este financiamento?
Este financiamento resultante do projeto Furoid é muito importante pois irá permitir-nos desenvolver uma nova tecnologia que poderá ter um grande impacto na indústria da moda e do têxtil e, consequentemente, também na preservação da vida animal e dos recursos naturais. Além disso, também poderá ter um impacto significativo na indústria relacionada com a cirurgia estética, em particular na área da implantação capilar.
Além do financiamento de 700 mil euros alocados exclusivamente à Biofabics, este projeto é extremamente prestigiante para nós pois na verdade estaremos a coordenar cientificamente e financeiramente um projeto de investigação e desenvolvimento (I&D) europeu, composto por três parceiros industriais, no valor total de 4 milhões de euros e que poderá ter um grande impacto no desenvolvimento da economia europeia.
Perspetivam alguma ronda de investimento no curto/médio prazo?
Estamos e sempre estivemos abertos a essa possibilidade. É apenas uma questão de surgirem propostas interessantes, em particular de investidores que possam trazer valor (não apenas monetário) para o futuro da Biofabics.
“Os parques tecnológicos (…) são essenciais para o desenvolvimento do país pois permitem reduzir o enorme risco inerente ao início de atividade de qualquer empresa de base tecnológica”.
Quais as vissicitudes, ou não, de se estar incubado num parque tecnológico universitário?
Os parques tecnológicos, sejam eles promovidos por universidades ou municípios, são essenciais para o desenvolvimento do país pois permitem reduzir o enorme risco inerente ao início de atividade de qualquer empresa de base tecnológica.
Em primeiro lugar reduzem a necessidade de investimento inicial na criação de infraestruturas de raiz, e em segundo lugar congregam muitos empreendedores e diversas tecnologias num único ponto. Costuma-se dizer que “a união faz a força” e isto é bem verdade no mundo das start-ups. A concentração de recursos e de massa crítica faz com que os negócios dos empreendedores cresçam e floresçam de uma maneira mais suave, muitas vezes gerando até sinergias nunca antes imaginadas.
No caso da Biofabics foi muito importante termos passado pela UPTEC porque tivemos a possibilidade de estar localizados mesmo no centro do campus da Universidade do Porto, junto de outras empresas muito interessantes e também muito próximos de vários centros de investigação da nossa área. Além disso, um outro aspeto muito importante é a proximidade de recursos humanos qualificados. Esta localização estratégica facilitou-nos muito a identificação e captação de novos elementos para a nossa equipa.
“(…) adoro poder facilmente colocar em prática as minhas ideias, poder tomar as minhas próprias decisões e no fundo ser dono do meu próprio destino”.
Ser cientista e empreendedor. Como se conjugam estes dois mundos?
Em primeiro lugar, esta conjugação é apenas possível com imenso trabalho. Implica também uma grande capacidade de organização mental e de agenda. Mesmo assim, muitas vezes também acaba por ser necessário abdicar de muito do nosso tempo livre. No entanto, e como se costuma dizer, “quem corre por gosto não cansa” e eu de facto adoro mesmo o que faço.
Adoro esta combinação de ciência, tecnologia e negócios e sinto-me sempre um privilegiado por poder ter a minha própria empresa, que é ao mesmo tempo um laboratório, onde posso constantemente criar, testar e aplicar novas ideias. E quando alguma nova ideia demonstra ter potencial para gerar novos produtos ou serviços temos aí também a capacidade rara de poder passar imediatamente para a fase seguinte de comercialização.
Temos todo um pipeline dentro de uma única instituição, desde a primeira ideia meramente científica até ao produto ou serviço final colocado no mercado. Acima de tudo, e apesar de todas as contrapartidas, adoro poder facilmente colocar em prática as minhas ideias, poder tomar as minhas próprias decisões e no fundo ser dono do meu próprio destino.
Enquanto spin-off da Universidade do Porto, como vê o papel do ambiente universitário, das propostas curriculares, da abordagem estratégicas das universidades no ecossistema empreendedor português?
Tal como no mundo empresarial, existem umas universidades que são melhores numas áreas e outras que são melhores noutras áreas. Na área do empreendedorismo, conheço bem o trabalho da Universidade do Porto, o qual tem sido fenomenal. Não só têm propostas curriculares muito interessantes, mas depois também suportam os empreendedores com medidas concretas, como, por exemplo, criando infraestruturas e ecossistemas nos quais os seus alunos possam começar a dar os primeiros passos.
Aquando da criação da Biofabics fiz questão de simultaneamente frequentar um mestrado executivo (EDAM) do MIT-Portugal na Universidade do Porto. Apesar do stress de estar a criar uma empresa e a frequentar um mestrado bastante intensivo ao mesmo tempo, valeu totalmente a pena. Não só pude absorver conteúdos curriculares importantes (relacionados com empreendedorismo, gestão, desenvolvimento de produto, etc…), mas também tive acesso facilitado a uma vasta rede de contactos dentro e fora da universidade. Para alguém como eu que em 2017 estava a regressar de vários anos no estrangeiro, com muito poucos contactos no Porto, isto foi crucial. E ainda hoje sei que se precisar de algo de um dos meus professores da Universidade do Porto, terei sempre a porta aberta.
Por outro lado, existem também instituições que são menos boas nesta área. Existem universidades e unidades de investigação em Portugal que, apesar de terem todas as capacidades (e financiamento) para originarem muitas e boas start-ups, insistem em ter controlo total, quase paranoico, sobre tudo o que possa ser originado dentro das suas portas. Isto faz com que muitos cientistas dessas mesmas instituições acabem por nem sequer tentar criar novas ideias de negócio. Isto porque não só a propriedade intelectual está normalmente refém da instituição como também os próprios contratos de trabalho dos cientistas (quase sempre precários) podem ser terminados a qualquer momento, por qualquer razão.
Muitas vezes, a única coisa que os investigadores podem fazer quando realmente acreditam nas suas ideias de negócio é simplesmente deixar a instituição, criar a sua própria empresa e recomeçar tudo de novo. Obviamente, isto é um enorme risco que muito poucos cientistas estão dispostos a correr, principalmente quando ainda estão a meio dos seus doutoramentos ou pós-doutoramentos.
Já estamos no bom caminho para o sucesso das parcerias entre os mundos académico e empresarial?
Na verdade, desde a sua génese, a Biofabics sempre teve ótimas relações e parcerias com o mundo académico, em particular com instituições académicas estrangeiras. Talvez pelo facto de o meu background ter sido construído com um pé em ambos os mundos, esta forte interação sempre foi muito natural para mim. Aliás, para mim não faria sentido de outro modo.
O mundo académico não pode nem deve estar fechado numa bolha estanque, caso contrário, a sua contribuição para a evolução da sociedade fica altamente limitada, o que é uma pena e um enorme desperdício de recursos. Do mesmo modo, as empresas (em particular as PMEs) não podem dar-se ao luxo de tentar fazer tudo sozinhas. A colaboração entre o mundo académico e empresarial é cada vez mais essencial e tem-se tornado cada vez mais visível.
Investigação e desenvolvimento em Portugal é sinónimo de…?
Ao contrário do que muitos cientistas e empresários diriam, para mim fazer I&D em Portugal é sinónimo de oportunidade. Sou um otimista! Digo isto porque temos em Portugal uma enorme abundância de um recurso cada vez mais raro em outros países: os recursos humanos altamente qualificados com ambição e vontade de trabalhar.
Obviamente, ao mesmo tempo, nem sempre é fácil fazer I&D em Portugal, particularmente quando se trata de uma start-up. Uma primeira dificuldade prende-se com a falta de infraestruturas adequadas para o desenvolvimento de atividades de I&D. Note-se que o custo deste tipo de infraestrutura é relativamente elevado e não pode ser suportado por uma start-up individualmente, que, tal como o nome start-up indica, ainda está a dar os seus primeiros passos e pode ainda ter recursos económicos limitados.
Uma outra dificuldade que pode ocorrer é a total inexistência de um ecossistema de inovação e empreendedorismo que suporte, dinamize e promova este tipo de atividade. Felizmente tivemos a sorte de encontrar tudo isto e muito mais quando nos instalámos no Porto, mas nem todas as start-ups e empreendedores têm a mesma sorte que nós tivemos. Fortes ecossistemas de inovação e empreendedorismo como os que se encontram por exemplo nos municípios do Porto, Lisboa, Braga ou Coimbra continuam a ser a exceção e não a regra em Portugal.
Na verdade, existem mesmo municípios em Portugal onde a existência destes ecossistemas parece quase ser vista como uma ameaça ao poder político instalado (que apenas procura o voto desinformado e condicionado da população) e às indústrias tradicionais (que procuram recursos humanos muito pouco qualificados ao custo mais baixo possível). Tal como a história nos tem demonstrado repetidamente, o conhecimento e a inovação são o verdadeiro motor de desenvolvimento da economia e da sociedade e quem não entende isso acaba por ficar para trás.
O que é que a Biofabics ambiciona para 2023?
Em 2023 planeamos dar início a vários outros novos projetos europeus de I&D, os quais iremos divulgar em breve. Além disso, nos próximos tempos pretendemos seguir uma estratégia de expansão para novas áreas de investigação e negócio.
Uma das áreas que já começámos a explorar e que pretendemos explorar ainda mais é a área da nutrição/alimentação animal e humana. Na verdade, já desde 2019 que temos em curso um projeto de I&D Europeu (chamado Fish-AI) que tem como objetivo facilitar a otimização da alimentação de peixe em aquacultura através da utilização de dispositivos in vitro desenvolvidos pela Biofabics.
Neste sentido, entretanto, também criei mais uma empresa (spin-off da Biofabics) na área da pastelaria, que poderá vir a ser uma montra dos novos produtos, tecnologias e inovações alimentares resultantes da investigação da Biofabics. Dei o nome de “Casa Rosarinho” a esta nova empresa como homenagem à minha mãe, que era uma grande empreendedora e pasteleira exímia, muito conhecida por fabricar o famoso pão de ló de Vizela.
Até onde gostaria que a vossas investigações e inovação vos levassem?
O nosso objetivo geral é, e sempre foi, ajudar a melhorar a saúde e qualidade de vida humana e animal. Deste modo, pretendemos contribuir para a construção de uma sociedade mais justa, mais evoluída e mais feliz. Para que isto aconteça, trabalhamos todos os dias no desenvolvimento de tecnologias e soluções inovadoras que por sua vez possam chegar ao maior número possível de utilizadores por todo o globo.
Internacionalização está no vosso horizonte?
A Biofabics é, desde a sua criação, uma empresa virada para o mundo, portanto a internacionalização está e sempre esteve no nosso horizonte. O tipo de tecnologia e trabalho que desenvolvemos faz-se a nível mundial e preferencialmente de um modo colaborativo. Dependendo do crescimento da nossa atividade, e também de como a economia nacional e internacional evoluir nos próximos anos, poderemos eventualmente vir a ter também uma presença física em outros países.
Na verdade, já fomos abordados nesse sentido com propostas interessantes, agora será uma questão de delinearmos a estratégia que fará mais sentido para a expansão da Biofabics.
Respostas rápidas:
O maior risco: Dar um passo maior que a perna.
O maior erro: Deixar a má política corromper o normal desenvolvimento da economia, do conhecimento e da sociedade.
A maior lição: O carácter é mais importante do que a experiência.
A maior conquista: Uma extensa rede de colaboradores e amigos de confiança espalhados por todo o globo.