Costa Rica: start-up prepara jovens que querem estudar no estrangeiro

A start-up EdAbroad foi criada há dois anos e trabalha com alunos da Costa Rica e da América Latina, tendo como objetivo facilitar a sua entrada em universidades internacionais.

Desde que estava no sétimo ano do secundário, Mariano Miranda Herrera sabia que queria formar-se fora do país. Esse era um dos seus muitos planos de adolescente. “Não sabia como, não sabia o que fazer, mas tornou-se uma obsessão para mim. Trabalhava todos os dias para alcançar essa meta”, recorda o jovem de 22 anos.

Quando chegou o momento de se inscrever para estudar na que era então a universidade dos seus sonhos (a Universidade de Columbia), realizou todos os procedimentos requeridos com a ajuda de alguns dos seus professores.

Foi nessa altura que se deu conta das dificuldades que enfrentam as escolas, os pais e os próprios estudantes, pois não há muito acesso à informação e há falta de preparação, já que é um processo que deve ser planeado com muito tempo (anos, inclusivamente) e nem sempre existe o apoio necessário.

Não conseguiu ingressar na Universidade de Columbia, em Nova Iorque. Uma notícia que o deixou triste, pois estava convicto de que entraria. Sem se dar por vencido, voltou a concorrer, desta vez para a Universidade de Yale, onde foi admitido. Herrera estuda Economia e Psicologia, e vai obter um certificado em educação.

Hoje reconhece que “tudo tem uma razão de ser”, pois o foco do ensino de Yale foi, em parte, o que o motivou a fundar a sua start-up EdAbroad, em 2015. A EdAbroad dedica-se a preparar jovens estudantes da Costa Rica e da América Latina para ingressarem nas universidades internacionais, especialmente em instituições de ensino nos Estados Unidos.

“Eu defino esta empresa como o apoio que eu desejava ter tido quando estava a fazer o processo”, assegura o jovem, citado pelo El Financiero. A empresa oferece tutoriais e aconselhamento aos estudantes para a realização do exame de admissão nas universidades norte-americanas. Para tal, realiza sessões através do Skype, que têm um custo aproximado de 35 dólares por hora (cerca de 33 euros) e disponibiliza pacotes de várias horas aos pais, que são negociados de acordo com as necessidades do aluno e as suas possibilidades económicas.

A EdAbroad conta lançar em breve, uma aplicação móvel que permitirá aos estudantes conectarem-se com os seus tutores, escolher os seus horários, fazer pagamentos, entre outras funções. A ideia é que, no futuro, a aplicação chegue a universidades de todo o mundo e não se fique só pelas universidades norte-americanas e europeias.

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