Consulte o ranking das melhores cidades para criar uma start-up

A capital portuguesa faz, pela primeira vez, parte do relatório mundial deste ano sobre o ecossistema das start-ups, o The Global Startup Ecosystem Report.

Chama-se The Global Startup Ecosystem Report e é um dos principais relatórios anuais sobre a área do empreendedorismo, que hierarquiza as melhores cidades para empreender um modelo de negócios. A capital portuguesa faz parte da lista e pela primeira vez.

O objetivo do relatório da autoria da consultora Startup Genome é impulsionar o movimento a nível mundial e, para isso, divulga anualmente um relatório de São Francisco (EUA) para o mundo. Este ano decidiram que Lisboa faria parte do extenso trabalho. Em apenas duas páginas, o Startup Genome reúne dados sobre Lisboa, tendo contactado com a incubadora Startup Lisboa, a Câmara e a aceleradora Beta-i.

Apesar de Lisboa passar a estar no radar, a capital está fora do top 20 dos melhores ecossistemas para quem quer fundar uma start-up. Essa lista continua a ser dominada por Silicon Valley e Nova Iorque (EUA), seguidas de Londres, Beijing e Boston. Além de Londres, apenas se destacam as cidades europeias de Berlim (7º lugar), Paris (11º lugar), Estocolmo (14º lugar) e Amesterdão (19º lugar).

O relatório conta, na sua terceira edição, com questionários e recolha de dados a mais de 10 mil start-ups e 300 parceiros em todo o mundo. O relatório examinou, para poder qualificar, como as cidades ajudam a crescer e a manter ecossistemas de start-ups através de oito fatores principais: financiamento, alcance do mercado, conexão global, talento técnico, experiência de início, atração de recursos, participação corporativa, ambição e estratégia fundadora.

Eis a lista completa retirada do relatório:

1. Silicon Valley
2. Nova Iorque
3. Londres
4. Beijing
5. Boston
6. Tel Aviv
7. Berlim
8. Shanghai
9. Los Angeles
10. Seattle
11. Paris
12. Singapura
13. Austin
14. Estocolmo
15. Vancouver
16. Toronto
17. Sydney
18. Chicago
19. Amesterdão
20. Bangalore

Dados por região

Los Angeles e Chicago foram as cidades que mais caíram dentro do Top 20 das melhores, devido a terem obtidos más classificações em matéria de conecividade global. Silicon Valley continua a ser o número um na maioria das categorias; no entanto, a meca tecnológica está ameaçada por países como Singapura, quando se trata de talento. Os elevados salários são um dos principais fatores onde Silicon Valley perdeu o primeiro lugar, juntamente com as dificuldades nas primeiras etapas de desenvolvimento das empresas para atrair talento experiente.

A Europa não fica atrás. O Top 20 tem seis embaixadores do velho continente: Londres (posição 3), Berlim (posição 7), Paris (posição 11), Estocolmo (posto 14) e finalmente Amsterdão (posto 19). Apesar do imbróglio do chamado Brexit, Londres continua a ser a capital das start-ups da Europa, com 5.900 empresas. Estocolmo, pelo seu lado, é a cidade que mais subiu e conseguiu um lugar entre os 20 melhores.
Por outro lado, a Ásia e a Europa estão a ganhar aos Estados Unidos no que respeita à prosperidade dos ecossistemas que potenciam a criação de start-ups. Muitos governos da Ásia e da Europa fixaram metas claras para apoiar o crescimento do seu ecossistema de inovação, enquanto que os Estados Unidos confiaram no setor privado para manter o crescimento.

Singapura é um dos lugares onde o governo teve um papel ativo na criação de um ambiente amigável para as start-ups incipientes. Neste ano, Singapura ocupa o primeiro lugar no talento, o que é uma façanha incrível. Isto pode explicar-se, se atendermos às políticas inovadoras de Singapura que começaram na década de 1990. Este planeamento a longo prazo foi a chave para o sucesso de Singapura. O governo foi paciente e manteve o seu apoio, por isso Singapura aparece no top 10 pela primeira vez em 2015. Outra das cidades destacadas no relatório é Sidney.

Embora não tenha podido integrar nenhuma cidade no Top, o continente africano também mereceu destaque no relatório. Lagos na Nigéria, Cidade do Cabo e Joanesburgo na África do Sul aparecem mencionadas no relatório. O ecossistema de empresas de Lagos não é muito impressionante em termos técnicos ou de comunicações, mas tem a vantagem diferenciadora de uma mão de obra barata e competitiva. O seu mercado vale cerca de 2 mil milhões de dólares (cerca de 1,9 mil milhões de euros). O mesmo se pode dizer da Cidade do Cabo, que conta com cerca de mil start-ups ativas nas suas fileiras.

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