Conselhos de um empreendedor que criou a primeira start-up aos 17 anos

A história de empreendedorismo de David Hauser começou quando tinha 17 anos. O americano criou a sua primeira start-up ainda estava no liceu, vendeu o negócio por um valor de nove dígitos à Citrix e a empresa que fundou depois vendeu-a um ano após a sua criação. Eis os seus conselhos.

David Hauser desde sempre quis ser um empreendedor e essa tradição já vinha do seu pai e do seu avô. Como acontece com muitos empreendedores, lidou com problemas de aprendizagem: ler e escrever constituíam uma enorme dificuldade. No entanto, gostava muito de construir algo novo e rapidamente descobriu que a forma mais fácil de conseguir construir mais coisas, era também vendê-las. Antes de ingressar na escola empresarial mais reconhecida de Massachusetts, Hauser construiu a sua primeira start-up.

Enquanto ainda estava no ensino secundário, David Hauser e um amigo criaram uma start-up de gestão de e-mail, a Return Path. Construíram o protótipo original, juntaram dinheiro, formaram uma equipa administrativa e só depois ingressaram na Babson College. Essa empresa faturou mais e 120 milhões de dólares (106 milhões de euros) e foi mais tarde adquirida pela Validity.

Na Babson College, o jovem empreendedor aprendeu sobre como gerir pessoas e operações, temas muito importantes à medida que uma empresa cresce. No primeiro ano dessa escola, frequentou um curso onde os alunos de facto gerem um negócio durante um ano inteiro. Desta forma, os alunos têm uma visão mais real do mundo de negócio, começam realmente a fazer coisas em vez de apenas terem a teoria sobre os assuntos. Além do Return Path, Hausser esteve ligado a WebAds, PackageFox e PopSurvey – mpresas essas que lhe davam alguns milhares de dólares todos os meses desde o secundário, segundo a Forbes.

Grasshopper: o salto de confiança de Hauser
“Grasshopper” (Gafanhoto) foi o nome de um plano de negócios desenvolvido por David Hauser. A cultura popular diz que os gafanhotos só saltam para a frente e isso pode ser entendido como boa sorte ou a oportunidade para dar um salto de confiança. Essa descrição assenta perfeitamente ao novo empreendimento de David Hauser.

Hauser  e o colega criaram o negócio com o mínimo necessário e, rapidamente, começaram a vender o produto aos clientes e, consequentemente, a gerar receitas e feedback real. A estratégia resultou e ganhou dimensão. 50% dos novos clientes vinham do “passa palavra”. Para Hauser, foram muitas as lições aprendidas, tais como

  • Faça todo o trabalho primeiro desde o primeiro dia, antes de contratar alguém;
  • Acompanhe de perto os clientes;
  • Analise tudo o que as pessoas estão dispostas a pagar;
  • Vender primeiro, construir depois;
  • Se os clientes não estão dispostos a pagar mais pelo produto/serviço, ainda não há necessidade de o disponibilizar;
  • Design, marca e experiência são muito importantes e têm valor real aquando da venda de um negócio;
  • Pelo menos 10% do investimento em marketing deve ser sempre gasto em branding e experiências:
  • A importância de entender a diferença entre os indicadores principais e os indicadores de resultado nas métricas do marketing.

Vender ou não vender o negócio, eis a questão
Hauser e o co-fundador não pensavam em vender o negócio. Contudo, quando se constrói um negócio altamente lucrativo e escalável que se pode sustentar com uma equipa de gestão e de trabalho completa, torna-se altamente apetecível para uma aquisição. Um negócio bem administrado é algo que os investidores querem comprar.

Uma empresa mal administrada é um sinal de alerta negativo para os investidores, não importa a sua dimensão ou a velocidade de crescimento. Muitos criadores de empresas consideram o alcançar do financiamento um marco, mas este deverá ser visto como uma etapa de crescimento e não um fim por si.  Outros aspetos importantes a analisar para conhecer a viabilidade da empresa são a faturação, rentabilidade e a oportunidade do negócio.

A start-up “Grasshopper” foi capitalizada internamente com base em movimentos de caixa, cartões de crédito e, só posteriormente, utilizando alguns mecanismos de financiamento da dívida.

Comentários

Artigos Relacionados