Vídeo| Fundador da Anchorage Digital falou de talento e inovação no Fórum Link To Portugal

Diogo Mónica foi o convidado do V Fórum Link To Portugal que se realizou ontem em Lisboa. Falou do seu percurso profissional, de talento e de inovação. E deixou alguns alguns conselhos para os mais jovens.

O cofundador e presidente da Anchorage Digital, o jovem luso-americano Diogo Mónica, foi ontem o orador convidado do V Fórum Link To Portugal, uma iniciativa organizada pelo Link to Leaders e pela Plataforma Portugal Agora dedicada à diáspora portuguesa e que, nesta edição, abordou o tema “Portugal: hub de talento e inovação”.

Perante a plateia que assistiu a evento, no Corinthia Lisbon, Diogo Mónica, 37 anos, nascido na Califórnia, Estados Unidos, partilhou o seu percurso, desde o tempo em que fez a sua formação, até ao doutoramento, no Instituto Superior Técnico, passando pelas primeiras incursões empresariais em projetos de renome – como a Square ou a Docker (enquanto designer de segurança) -, até à criação da Anchorage Digital em 2017, empresa do setor “cripto” que além de ter atingido o estatuto de unicórnio, obteve, em 2021, uma licença bancária atribuída pelo Office of the Comptroller of the Currency, nos Estados Unidos. A juntar a esta caminhada, em 2020, foi nomeado pela revista de negócios norte-americana Fortune como um dos melhores talentos com menos de 40 anos a nível mundial.

A sua inspiracional trajetória de vida foi o ponto de partida para deixar alguns insights relevantes à assistência do Fórum Link To Portugal sobre gestão de talentos e cultura organizacional, entre outras temáticas.

Diogo Mónica começou por frisar que há bom talento em Portugal. Aliás, neste momento já tem a trabalhar consigo uma equipa portuguesa com uma centena de pessoas, revelou. Contudo, não deixou de salientar que ao nível da gestão, as diferenças entre Portugal e os Estados Unidos são grandes. Neste último país, os CEO trabalham para pessoas, enquanto em Portugal as pessoas trabalham para o CEO.

“O principal trabalho de um CEO é cuidar das equipas! Um bom CEO é aquele que tem altas taxas de retenção de pessoas”, afirmou. E acrescentou que em Portugal, para progredir, um bom engenheiro precisa de mudar para uma carreira de gestão. “É essencial ter uma progressão de carreira paralela, para permitir que excelentes engenheiros continuem seu crescimento de carreira e trabalhem no que mais gostam”.

O cofundador da Anchorage destacou ainda que o nosso modelo de trabalho, o modelo de trabalho das empresas portuguesas, está fundamentalmente errado, pois “somos pagos pelo tempo trabalhado e não pelo valor criado”.  Por isso, incentiva ao máximo os trabalhadores a optarem por modelos de remuneração mais alinhados com o valor criado o que pode inclusive passar por stock options, equity…

Também na cultura organizacional defende algumas transformações porque, na sua opinião, a cultura organizacional precisa de rituais fortes e prospera com as pessoas a interagirem cara a cara.

Aos mais jovens da assistência deixou um conselho: “maximizem o seu desconforto, pois é a forma de maximizar a aprendizagem”. Aos educadores das novas gerações, aos pais, lançou o desafio: deem permissão às crianças para explorar.

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