Com esta competência tem 29% de probabilidade de ser contratado
Possuir uma ou mais competências verdes pode aumentar as suas probabilidades de ser contratado em 29%, de acordo com um estudo do LinkedIn.
Possuir apenas uma competência verde aumenta a probabilidade de ser contratado em 29%. Esta é a conclusão do estudo Global Green Skills Report 2023, conduzido pelo LinkedIn e realizado com base em dados globais de mais de 930 milhões de trabalhadores registados na plataforma, que revelou que os profissionais com green skills (competências verdes) destacam-se e têm maior probabilidade de serem contratados.
Green skills, conforme explica o estudo, são as competências de um profissional para implementar ações com foco na sustentabilidade num negócio. E podem ir desde conhecimentos técnicos específicos até competências interpessoais necessárias para liderar iniciativas sustentáveis.
Segundo o estudo, esta preferência por talentos verdes resulta de uma transformação nas empresas. O mercado de trabalho está mais preocupado com as questões sociais, ambientais e de governança e, por isso, procura profissionais que possuam competências para aplicar práticas ESG (Environmental, Social, and Corporate Governance) nas organizações, pode ler-se na análise.
“Assim como a maioria das funções atuais exige competências digitais, os empregos também podem ser desempenhados de forma mais sustentável se os trabalhadores tiverem competências verdes”, afirma o documento, referindo que “acelerar a transformação verde, ao mesmo tempo que expandimos o acesso às oportunidades, exigirá níveis de cooperação sem precedentes entre as partes interessadas dos setores público e privado”.
Entre fevereiro de 2022 e fevereiro de 2023, as ofertas de emprego no LinkedIn que exigiam pelo menos uma competência verde cresceram em média 15,2%.
O relatório concluiu também que a concentração de “talentos verdes” na força de trabalho – aqueles que têm um emprego verde ou listam pelo menos uma competência verde no seu perfil do LinkedIn – está a crescer em cada um dos 48 países incluídos no estudo. “No entanto, o aumento da procura por competências verdes está a ultrapassar o aumento da oferta e a escassez de competências verdes parece iminente”, afirma Efrem Bycer, Lead Manager, Public Policy & Economic Graph no LinkedIn.
Ou seja apesar de ser bastante requisitada, apenas um em cada oito trabalhadores possui uma ou mais competências verdes. “Estamos longe da proporção de competências verdes que necessitamos”, conclui o estudo.
Ainda de acordo com a análise, possuir competências verdes pode ajudar os trabalhadores não só nos empregos ligados às alterações climáticas, mas em qualquer área. “A taxa média de contratação no LinkedIn para trabalhadores com pelo menos uma competência verde é 29% maior do que a média da força de trabalho”, diz Bycer. “Isto é verdade para trabalhadores com competências verdes, independentemente do título, sugerindo que ter competências verdes relevantes pode posicionar melhor um trabalhador para conseguir qualquer emprego”, frisa.
Com base nos dados, Bycer acredita que o setor financeiro será aquele onde as competências verdes serão mais necessárias. “A concentração média de talentos verdes em todos os setores é de 12,3%, mas apenas 6,8% para os serviços financeiros”, diz. “Por outras palavras, um em cada 15 trabalhadores financeiros possui competências verdes”, conclui o responsável.