Decerto terá visto nas últimas semanas no Facebook ou Instagram um certo #10yearschallenge. E decerto terá encontrado num qualquer acesso a um website a pergunta e o pedido para ceder permissões e aceitar os cookies para continuar a navegar. Correto? O que têm as duas coisas em comum? E com o título acima? Mais do que imagina!
Ainda se lembra quando em 2009 a Apple, a propósito do recém lançado iPhone, criou e popularizou a expressão “there’s an app for that”? O mundo do browser havia cessado como a forma generalizada de nos ligarmos e obtermos informação e conteúdos na web e, no espaço de uma década e com a massificação do smartphone, as app impuseram-se mesmo. O que tem isto a ver com o título deste artigo? Tudo.
A tecnologia é fantástica. Deixa-nos abismados não pela sua intrínseca e intrincada engenharia e a sua capacidade, mas pela veia da nossa imaginação sobre o seu potencial. Mais do que aquilo que ela faz, deixa-nos impacientes e excitados naquilo que pode fazer e, por vezes até mais, do que pode vir a fazer.
São as melhores. Mais fantásticas. Mágicas. E no entanto nunca as conseguimos elaborar. Parece que ficamos eternamente presos nesse ardil das ideias simples...
Este é daqueles artigos que bem poderá fazer sorrir de ironia e candura quando daqui a duas ou três décadas for revisitado.
Este é um daqueles títulos que poderia ser clickbait. Mas não. A ideia pode parecer disruptiva, mas nem é. Até é verdadeiramente simples. Passo a explicar.
Desde há mais de 20 anos que os bloggers foram definindo a paisagem mediática. Primeiro a digital. Hoje sem a separação pelo meio. Já para além de bloggers, storytellers, influenciadores, líderes de opinião. E a somar ao weblog, o Facebook, o Instagram, o Youtube, o Twitter, o Linkedin... A rede.
E, de repente, todos querem ser donos. Tal como na famosa série da HBO, onde vários reis e rainhas lutam para assumir o trono de ferro e reclamar o reinado de Westeros, também pela nossa terra mágica, de repente, vários são os que se colocam em marcha e se dizem os donos do conteúdo.
A presença digital de uma marca pessoal não é assim tão diferente da presença digital de uma marca comercial. Os princípios regem-se por uma âncora comum, forte e difícil de gerir, pois tem de base uma longevidade, onde o curto prazo não entra.
Imagine o primeiro encontro. O tempo a pensar na roupa. A psicologia das cores. O curto jogging umas horas antes para descomprimir. O banho terapêutico. O creme hidratante perfeito. O cuidado em cada ponta de cabelo. A meticulosa inspeção nos detalhes, do cinto ao sapato, a um qualquer outro pormenor. E o perfume, a 17mágica sedução invisível.
As melhores ideias do mundo começam por uma pergunta. Mas, sobretudo, por um confronto. De nada serve puxar os cabelos e arregaçar as mangas em busca de uma ideia, sem uma orientação. Sobretudo, sem uma necessidade. E os problemas originam o foco, porque nos levam exatamente ao ponto por onde começamos: às perguntas.
