Definir uma proposta de valor que seja simultaneamente simples, real e clara, continua a ser um exercício de difícil execução para muitas empresas. Ou porque não se focam no seu grau de diferenciação ou porque lhes falta capacidade para o fazer, ou ainda porque ainda não estão orientadas para os clientes.
Estamos a assistir a uma mudança radical na forma como se desenvolvem os modelos de negócio e a economia em geral, por força da importância crescente que nos é trazida pelo mundo digital. Até aqui nada de novo!
Se há exemplo de marca que durante décadas foi exemplar nos mais variados ângulos do marketing foi a Volkswagen.
Esta frase lapidar de um futebolista poderia aplicar-se à grande maioria dos economistas, analistas financeiros e a todos aqueles que prevêem o futuro.
Muito se discute a essência do marketing e o balanço da sua componente tradicional versus digital, como se apenas de comunicação ou distribuição estivéssemos a falar.
É francamente exagerado falar do declínio das lojas de retalho devido ao aumento exponencial das compras online. Na verdade, este é o momento do retalho se revitalizar, contribuindo para a própria modernização das cidades, que estão a ser reconstruídas com vista a uma renovação atrativa dos espaços comerciais.
O avanço do fenómeno digital no marketing das empresas que operam em mercado B2C tem sido amplamente divulgado e reconhecido como uma ferramenta essencial para reforçar a proposta de valor das marcas e, enquanto consumidores, todos usufruímos das facilidades introduzidas nos processos de comunicação e de compra.
Falar de turismo em Portugal nesta altura do ano quase se tornou num cliché, pelo seu contributo positivo para as contas nacionais, pelo glamour que as principais cidades estão a criar e, sobretudo, pela transformação ocorrida nas unidades turísticas, restauração e demais diferenciações da oferta.
O advento do big data tem conduzindo os negócios para uma nova era racional. Temos a tecnologia que nos permite quantificar o mundo em que vivemos, numa miríade de ângulos. Vemos mais, conhecemos mais e temos algoritmos que nos permitem atingir o público-alvo com uma precisão nunca antes conhecida.
Temos constatado em todas as frentes do comportamento do consumidor e dos hábitos correntes de consumo, que os Millennials (nascidos entre 1982 e 2000) alteraram substancialmente o modelo de compra, pela forma como o fazem, onde o fazem e em que altura o fazem.
O marketing não é uma batalha de produtos. É, antes, uma batalha de perceções.
Na viragem de mais um ano, é comum projetarem-se visões futuristas nas mais variadas áreas: da demografia ao urbanismo, dos transportes à educação, do turismo à banca. E são grandes as transformações que se deixam antever em qualquer atividade, muito por força do fenómeno digital e da alteração dos padrões de consumo.
