A proliferação da dinâmica digital das empresas e das suas marcas, associada a um crescente envolvimento dos consumidores na relação com as mesmas, tem contribuído significativamente para que muitas plataformas de redes sociais tenham caminhado no sentido de também elas representarem pontos de venda.
No equilíbrio entre a evolução tecnológica e a lógica de consumo, verifica-se um crescente grau de importância do consumidor sobre o poder dos retalhistas. Ora porque têm cada vez mais alternativas locais que são muito competitivas, ora porque acedem a inúmeras soluções online, a par de aplicações que permitem comparativos imediatos.
A Inteligência Artificial trará, num futuro próximo, um contributo extremamente valioso ao crescimento da qualidade de trabalho exercida pelos gestores de marketing e pode contribuir para um significativo crescimento do volume de negócios em muitos mercados, através da criação de sinergias, a diversos níveis.
Um estudo recente junto de consumidores que tomaram contacto virtual com a experimentação de um produto revela que 40% dos mesmos compraram o item online e 29% fizeram-no em loja. São registos demasiado importantes para serem ocultados no que diz respeito à importância do contacto virtual com a realidade aumentada na interação com clientes.
A evolução da inteligência artificial tem permitido que um conjunto de marcas e empresas ajustem novas possibilidades de utilizar estratégias baseadas em dados para fidelizar os seus clientes, de uma forma cada vez mais customizada.
Nem sempre é clara a relação entre a tecnologia e o desempenho profissional. Se, em muitos casos, o ambiente tecnológico dentro da empresa difere de departamento para departamento, por outro lado, a dependência total da tecnologia por parte dos seus profissionais, encerra, em si mesma, limitações que se podem revelar nefastas.
Quinze anos depois de ter investido de forma muito significativa no negócio do streaming, a Netflix espera perder cerca de 2 milhões de clientes nos próximos meses, sobretudo devido à competitividade intensa que o setor do entretenimento vai conhecendo, aliada a uma decisão tática de aumento dos preços em cenários que se preveem inflacionistas. E é a primeira vez na última década que tal facto acontece, com a empresa a perder cerca de 68% do seu valor de mercado em bolsa desde o início de 2022.
Todo o setor do retalho representa hoje uma das atividades económicas mais importantes e relevantes, independentemente do seu formato físico ou online. Responsável por um elevado número de postos de trabalho, contribui significativamente e de forma crescente para o PIB, com maior incidência nos países mais desenvolvidos.
Apesar das dinâmicas de marketing digital já terem chegado a muitas empresas, independentemente da sua dimensão, a verdade é que se toda a lógica digital, desde o marketing às vendas e ao serviço ao cliente não está interligada, isso significa que lhes falta estratégia, pelo que o resultado tem tudo para ser pouco consistente, difuso e penalizador para os clientes.
Várias empresas que operam com modelos de negócio tradicional sentem que, mais cedo ou mais tarde, vão ser ultrapassadas por um concorrente digital. Todavia, a grande ameaça não advém da individualidade de cada concorrente, mas sim do ecossistema que tenha sido criado nesse mercado.
Independentemente do setor de atividade, são muitas as empresas que têm investido de forma significativa em tecnologia, por forma a que esta lhes permita estudar, compreender e agir de forma eficaz junto dos seus clientes. Ora para superar etapas aquando do lançamento de novos produtos ou serviços, que supostamente terão melhor condições para ter êxito, ora para customizar a comunicação direta com os clientes nos mais variados contextos (físico, digital, em loja, com realidade aumentada ou virtual).
Há muitas razões para valorizar a marca como um dos principais ativos de qualquer empresa, independentemente do seu setor de atividade ou dimensão.
