Flávio Gioia, hoje uma modesta estátua plantada junto ao mar na cinematográfica cidadezinha de Amalfi, terá merecido esta homenagem por agarrar na bússola dos chineses e ajustá-la à navegação na tortuosa costa amalfitana. Não há grandes registos de ter contribuído para uma revolução planetária – mas na sua terra Flávio é o maior.
Albert Einstein teria um único amigo verdadeiro e, ao que se conta, só se deslocava à universidade pelo privilégio de caminhar de regresso a casa com ele. Demoravam-se em longos passeios nos jardins de Princeton, um de casaco e camisa engomada, o outro de suspensórios e camisa amarrotada, certos das incertezas que geravam entre si.
A política social é muito provavelmente a mais virtuosa atividade pública dos governos – com ela se reconhece o evidente: como não existe distribuição equitativa de inteligência ou de posição social à nascença, é inteiramente justo que o Estado arrecade parte da riqueza e a redistribua para suavizar essas diferenças.
Não há segredos sobre as razões que explicam o atraso nacional. O que existe são hesitações sobre o que fazer para corrigir esse atraso. A campanha eleitoral para as eleições de dia 10 de março é um bom exemplo.