Um dos grandes problemas do nosso ecossistema empreendedor é a morte prematura de start-ups, situação que impede o país de beneficiar do potencial de riqueza, emprego e exportações de muitas empresas, designadamente tecnológicas.
A agricultura e pescas é um dos setores com maior vitalidade no pós-troika. Há hoje mais empresas, mais lucros e mais exportações. Entre 2013 e 2017, o número de sociedades criadas no setor cresceu 31% (de 4200 para 17 613).
Entre 2014 e 2018 foram criados, em Portugal, 414.000 empregos líquidos. Cerca de três quartos destes postos de trabalho (348.716) resultaram da abertura de novos negócios, segundo dados da Informa D&B. Em média, cada nova empresa criou três a quatro empregos.
Nos últimos anos multiplicaram-se, em Portugal, os prémios de empreendedorismo. Mais do que um fenómeno de moda, a profusão de distinções nesta área decorre da extraordinária evolução do nosso ecossistema, da notoriedade mediática de empreendedores e suas start-ups, da crescente importância da inovação na nossa economia e da valorização pública da iniciativa empresarial. Neste sentido, os prémios traduzem uma cultura empreendedora cada vez mais enraizada no país.
No recente concurso nacional de acesso ao ensino superior, as engenharias dominaram a lista de cursos com maior procura e classificações de ingresso mais elevadas. No top 5 dos cursos figuram Engenharia Aeroespacial e Engenharia Física Tecnológica, ambos do Instituto Superior Técnico, e Bioengenharia e Engenharia e Gestão Industrial da Universidade do Porto.
Depois do notável crescimento dos últimos anos, os principais setores da fileira moda – o têxtil e vestuário e o calçado – têm novos e complexos desafios pela frente.
As start-ups portuguesas que participaram na primeira edição da Web Summit em Lisboa, em 2016, captaram até hoje quase 60 milhões de euros em financiamento, após 41 rondas de investimento. E embora não contabilize o impacto do evento nas start-ups nacionais, o Ministério da Economia garante que a edição de 2017 da Web Summit produziu um valor acrescentado na economia do país de cerca de 124 milhões de euros.
Em períodos de desaceleração económica, o consumo privado e a procura externa retraem-se, os custos de contexto agravam-se, os mercados estão mais instáveis e o acesso a financiamento torna-se mais difícil e oneroso.
O empreendedorismo é um dos principais fatores de dinamização empresarial, com reflexos muito positivos no desenvolvimento económico e no bem-estar social.
Como uma conhecida pasta dentífrica, a inovação anda na boca de toda a gente. E ainda bem. Não sendo uma panaceia para todos os males de que enferma o tecido empresarial português, a verdade é que ser inovador constitui, atualmente, a atitude mais avisada para triunfar nos negócios.