CMVM lança simulador para empresas testarem opções de financiamento no mercado de capitais

A sandbox Market4Growth vai permitir a simulação de emissão de ações, obrigações ou de capital de risco, depois de um diagnóstico das necessidades de financiamento. O objetivo é testar e transmitir conhecimento às empresas sobre o mercado de capitais.

A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) lançou a sandbox Market4Growth, um simulador que vai permitir às empresas simular um processo de financiamento, através de emissão de ações, obrigações ou capital de risco.

O acesso a este simulador é aberto a qualquer empresa, nacional ou estrangeira, cuja estratégia de desenvolvimento possa beneficiar das opções proporcionadas pelo mercado de capitais português, que inclui soluções ajustadas a pequenas, médias ou grandes empresas. A participação na sandbox poderá consistir na simulação de emissão de ações ou obrigações, ou através de capital de risco.

“Após a fase de diagnóstico, as empresas participantes podem experienciar o processo de financiamento através de capitais próprios ou dívida (incluindo a ligada a sustentabilidade) ou outras formas de acesso ao mercado, como a venda de parte do capital ou a admissão em mercado (listing), em três fases”, explica a CMVM.

A inscrição ocorre mediante o preenchimento de um formulário junto da CMVM até 19 de janeiro de 2024.

Como explica o supervisor em comunicado, “as empresas selecionadas vão contactar diretamente com a CMVM e com uma rede alargada de entidades especializadas que se associaram à sandbox Market4Growth para as ajudar no processo de diagnóstico de financiamento através do mercado bolsista (capital e dívida) ou de capital de risco, simulação de acesso e permanência no mercado bolsista”.

A sandbox é composta por três fases. A primeira consiste no diagnóstico do grau de preparação e das necessidades da empresa, nomeadamente no que toca ao tipo de financiamento mais adequado (por via de financiamento através de fundos de capital de risco ou de emissão em mercado de ações e/ou obrigações) e as medidas a adotar para iniciar o processo de acesso ao mesmo.

Na segunda fase, destinada a empresas que pretendam testar o acesso à bolsa, é realizada a simulação do processo de financiamento ou de acesso ao mercado, na qual as empresas vão ter a oportunidade de estruturar os documentos preparatórios (como prospetos ou relatórios de sustentabilidade), estruturar um ‘roadshow’ e simular a apresentação da empresa a potenciais investidores e analistas.

Na terceira e última fase, destinada também apenas a empresas que pretendam testar o acesso à bolsa, têm a oportunidade de simular a presença em mercado, nomeadamente com a divulgação de informação relevante e o reporte à CMVM. “Contudo, as empresas terão sempre a possibilidade de escolher as fases pelas quais querem passar”, adverte o regulador.

Os parceiros do projeto são de várias áreas de trabalho e incluem consultores legais, bancos de investimento, agências de “rating”, especialistas em governo societário e sustentabilidade, associações profissionais representativas da atividade de capital de risco e a gestora da bolsa de Lisboa, a Euronext.

O simulador conta ainda com o apoio da AICEP, o Banco Português de Fomento, o IAPMEI e o Turismo de Portugal.

 

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