CITE apresenta projeto IgualPro a pensar em profissões sem género
No dia em que celebrou 42 anos de atividade, a CITE apresentou um novo projeto, o IgualPro – As Profissões não têm género. A iniciativa visa reforçar o combate à segregação sexual nas escolhas educativas e vocacionais de raparigas e rapazes.
A Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego (CITE) apresentou ontem o IgualPro – As Profissões não têm género. Trata-se de um projeto de investigação-ação com o objetivo principal de “combater a segregação sexual nas escolhas educativas e vocacionais de raparigas e rapazes e a consequente segregação das escolhas profissionais, através da desconstrução dos estereótipos de género associados às diferentes áreas de estudo e respetivas profissões, com especial enfoque nas áreas de formação em que se verifique uma efetiva segregação entre raparigas e rapazes”, explica a CITE.
Este projeto insere-se no cumprimento do objetivo estratégico nº 2, que visa garantir as condições para uma participação plena e igualitária de mulheres e homens no mercado de trabalho e na atividade profissional. Contempla duas vertentes: por um lado, a análise da influência dos estereótipos de género nas escolhas formativas nos cursos profissionais do IEFP e centros profissionais com protocolo com o IEFP; por outro, a realização de ações de formação tendo em vista a sua desconstrução.
Será ainda desenvolvida uma parceria com o programa Engenheiras por 1 Dia, tendo em vista garantir o acesso de raparigas a áreas de progressiva valorização social e económica, como as tecnologias, onde ainda estão sub-representadas.
Em suma, o IgualPro envolve o desenvolvimento de iniciativas, ações de informação e projetos que combatam a segregação sexual nas profissões, previsto na Estratégia Nacional para a igualdade e Não Discriminação (ENIND) 2018-2030 – “Portugal + Igual”, em que a eliminação dos estereótipos é assumida como preocupação central, no Plano de Ação para a Igualdade entre Mulheres e Homens 2018-2021. Envolve ainda uma campanha nacional de sensibilização dirigida aos jovens de ambos os sexos nas escolhas das profissões e a profissionais da área da formação profissional no combate aos estereótipos e ao público em geral.
O IgualPro tem a duração de 36 meses e é cofinanciado pelo Programa EEA Grants, no âmbito da Open Call#2 – Projetos que combatam a segregação sexual nas escolas educativas e profissionais e a discriminação no mercado de trabalho.
Financiado pelo Programa Conciliação e Igualdade de Género do Mecanismo Financeiro do Espaço Económico Europeu 2014-2021, e gerido pela Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género (CIG), o programa tem a parceria de nove entidades, oito nacionais e uma internacional. A saber: CES – Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra; APF – Associação para o Planeamento da Família; IEFP – Instituto de Emprego e Formação Profissional; CECOA – Centro de Formação Profissional para o Comércio e Afins; CINEL-Centro de Formação Profissional da Indústria Eletrónica, Energia, Telecomunicações e Tecnologias da Informação; MODATEX – Centro de Formação Profissional da Indústria Têxtil, Vestuário, Confeção e Lanifícios; CENFIM – Centro de Formação Profissional da Indústria Metalúrgica e Metalomecânica; INETE – Instituto de Educação Técnica; e Odal Naeringshage Utvikling AS – Noruega.
O IgualPro foi apresentado ontem, dia em que a Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego assinalou o 42.º aniversário.