Chanel compra participação minoritária na Farfetch

A conceituada marca de luxo francesa juntou-se à Farfetch para assumir uma participação minoritária na start-up com ADN português. O objetivo da Chanel é melhorar os serviços digitais.
Ainda só estamos em fevereiro e as boas notícias sobre a única start-up unicórnio de origem portuguesa não param de chegar. Na semana passada, na quinta-feira, a conhecida marca de vestuário britânica Burberry anunciou que ia ser parceira da Farfetch. Ontem, segunda-feira, a agência Reuters avançou com a notícia de que também a Chanel se ia juntar à start-up.
Os objetivos das grandes marcas por trás das parcerias é conseguir melhorar os seus serviços digitais ao cliente, procurando atingir um público mais jovem e que dá preferência aos meios tecnológicos.
Apesar de atualmente grande parte das empresas que atuam em formato B2C (business to client) terem uma componente online, a Chanel ainda não dispõe de uma plataforma digital de comercialização dos seus produtos.
Este novo acordo não vai resultar na venda de roupa da marca francesa na loja da Farfetch. Segundo o que Bruno Pavlovsky, o fashion president da Chanel, disse à Reuters, o objetivo é ir, ao longo dos próximos anos, inovando a componente digital de serviços aos clientes.
“Isto tem a ver com enriquecer a relação com os nossos clientes”, afirmou Pavlovsky à Reuters, acrescentando ainda que a marca não está a querer ter uma abordagem “Big Brother” onde perseguem os seus clientes, mas sim oferecer uma experiência mais personalizada ao público.
Apesar de não haver valores associados à compra de uma participação minoritária na start-up, esta nova parceria poderá ser uma má notícia para os investidores que queiram comprar ações da Farfetch através de uma IPO (initial public offering). Razão para isso é o facto de recentemente a marca ter tido várias injeções de capital, como os mais de 350 milhões de euros por parte da JD.
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