CGI promove debate para impulsionar a igualdade e equidade das mulheres na sociedade

“Empowering change & leading with purpose” foi o tema do encontro promovido pela CGI no qual o empreendedorismo feminino, a igualdade e equidade das mulheres na sociedade foram o foco.

Para celebrar as conquistas sociais, económicas, culturais e políticas das mulheres e reforçar a  e apoiar a aceleração da promoção da igualdade e equidade das mulheres na sociedade, a CGI dinamizou recentemente (a propósito do Dia Internacional da Mulher) um encontro debate, que reuniu um painel de seis oradores de, diferentes áreas de atividade, para uma conversa que se centrou no papel que as mulheres desempenham na promoção de mudanças positivas na sociedade e nas organizações.

Vânia Calado, developer da CGI, foi a moderadora de uma conversa em que participaram Isabel Oliveira, psicóloga da Comunidade Vida e Paz; João Ribeiro, vice-presidente Consulting Services da CGI; Mariana Carreira, diretora executiva da Make a Wish; João Tiago Sertório, diretor de centralidade do cliente da Floene; Joana D´Orey Santiago, presidente da direção do programa Semear; e Mafalda Teixeira Bastos, cofundadora da Stand4Good.

Espaço de partilha de experiências de cada um dos intervenientes, este encontro servir para abordar qual o papel das mulheres na liderança, os obstáculos que enfrentam no dia a dia ou como é vista a falta de diversidade no local de trabalho, em suma, quais as mais-valias que as estas trazem para o local de trabalho.

Numa alusão a um dos relatórios da McKinsey, Vânia Calado lembrou que embora as mulheres representem cerca de 48% da força de trabalho, quando se trata de cargos de VP apenas 33% são mulheres e nas posições de C Suite são apenas 28%. Mas no que toca à motivação de homens e mulheres no seu trabalho constata-se que 96% dos homens e 96 % das mulheres, ou seja, exatamente a mesma percentagem, veem a sua carreira como importante e ambos desejam alcançar uma promoção na carreira com valores igualmente muito próximos. Em suma, tanto os homens como as mulheres estão empenhados na sua carreira e dão importância ao trabalho.

Foi com este cenário, que pode influenciar o avançar das mulheres na carreira como frisou Vânia Calado, que se iniciou o debate com o painel de oradores convidados desafiado a debater sobre alguns dos mitos associados às mulheres no local de trabalho – como, por exemplo, “é mais difícil trabalhar com homens do que com mulheres” ou “uma equipa só de mulheres não funciona” -, e de que forma estes mitos podem condicionar a dinâmica de uma equipa.

A representante da Comunidade Vida e Paz não podia estar mais em desacordo uma vez que a maioria da equipa da comunidade é constituída por 80% de mulheres. Contudo, acredita que só teriam a ganhar se tiverem pessoas do sexo feminino e masculino, de várias formações, só pode ser uma mais-valia para todos.

João Ribeiro, vice-presidente Consulting Services da CGI, não deixou de frisar que trabalhar em equipa é difícil, seja com homens ou com mulheres. “Trabalhar em equipa é sempre partilhar, ouvir os outros e estar disponível para estar com os outros e é obrigação de quem está em organizações grandes de desmontar e refutar esses mitos, afirmou.

Também com a experiência de uma equipa feminina, com backgrounds muito diferentes, a Make a Wish reconhece que há um grande alinhamento em termos de valores e de cultura o que em qualquer organização faz funcionar uma equipa, sendo homens ou mulheres, salientou Mariana Carreira, diretora executiva da Make a Wish. João Tiago Sertório, da Floene, frisou a dificuldade de integrar caraterísticas diferentes numa equipa e isso exige liderança efetiva, eficaz e competente. Por isso, não centra a questão tanto no facto de se tratarem de equipas com mais ou menos mulheres, mas sobretudo nas competências de lideranças.

Joana D´Orey Santiago, presidente da direção da Semear, é apologista de equipas mistas porque ambas as partes, homens e mulheres, trazem imenso aporte positivo, valor e mais- valias para as empresas e organizações. “O bom é tirar o melhor de cada um”, refere. A diversidade, e não só de género, foi igualmente o foco de Mafalda Teixeira Bastos, da Stand4Good, para quem a diversidade de formações, de culturas ou de idades só acrescentam.

Os convidados abordaram o papel crucial da diversidade para promover a inovação das equipas e promover o sucesso empresarial, uma questão que, por exemplo, João Ribeiro considerou importante porque “quanto mais diversidades tivermos nas nossas organizações mais capacitados estamos para trabalhar para um contexto que não conhecemos que é o futuro”.

E como é que as organizações podem cultivar uma cultura de inclusão, que valorize as diversas perspetivas, e como é que a paridade pode ter influência nesse processo, desde a infância? Perante esta questão, os oradores estiveram em sintonia com o impacto da educação e da infância na construção de uma cultura mais inclusiva porque “as crianças de hoje são as que vão dar continuidade aos negócios de amanhã”, frisou o responsável da Floene.

A par do painel de debate, o evento contou ainda com uma montra solidária onde várias organizações, entre as quais a Comunidade Vida e Paz, Cais, Make a Wish ou União Zoófila, tiveram oportunidade de divulgar as suas iniciativas e promover os seus produtos.

Refira-se que esta iniciativa CGI enquadra-se na estratégia ESG (Environmental, Social e Governance) da empresa que já este ano apoiou, com um donativo de 34 mil euros, a Stand4Good, instituição sem fins lucrativos que tem como missão combater o abandono escolar no ensino superior, através do apoio a estudantes universitários em situação de carência económica. Fundada em 1976, a CGI é uma empresa independente de serviços de TI e de consultoria de negócios que atua a nível internacional.

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