Como o CEO da Uber levou uma start-up italiana ao sucesso
A Mashape já recebeu investimentos no valor de 28 milhões de dólares e começou a sua jornada em Silicon Valley, num quarto da casa do atual CEO da Uber, Travis Kalanick.
Em 2009, Augusto Marietti e Marco Palladino foram aceites na TechCrunch50, uma competição que permite a fundadores de start-ups como estes dois jovens italianos exporem as suas criações a investidores através de um pitch. Um ano antes, tinham criado uma empresa de software em Milão, a Mashape, que conta já com mais de 28 milhões de dólares (26 milhões de euros) em investimentos.
Parte do sucesso destes jovens italianos vem da ajuda que receberam do atual CEO da Uber, Travis Kalanick. Regressando a 2009. Com a aproximação do TechCrunch50 Kalanick, na altura um business angel à procura de projetos onde investir publicou um anúncio na “Craigslist” – uma plataforma de classificados norte-americana – a oferecer a sua casa a fundadores que fossem ao evento. O atual CEO da Uber recebeu várias respostas ao anúncio e acabou por optar pelos dois jovens italianos, oferecendo-lhes um quarto e – o mais importante – contactos no mundo de Silicon Valley quando voltassem para Itália.
Os contactos de Kalanick deram frutos e seis meses depois Marietti regressa à Califórnia para negociar com membros da equipa do YouTube que queriam investir 100 mil dólares (92 mil euros) no projeto italiano.
Antes da viagem até Silicon Valley, a Mashape tinha apenas dois mil dólares (cerca de 1,8 mil euros) no banco. Hoje já recebeu mais de 28 milhões de dólares (26 milhões de euros) em investimentos. O CEO da empresa explica o sucesso com a descoberta de uma “mina de ouro”. Este tesouro começou a ser escavado inconscientemente anos antes, quando a empresa começou a criar um software para navegar no mercado das API (interfaces de programação de aplicações) – este tipo de “software” permite que programas individuais comuniquem entre si e utilizem funções um do outro –, até se aperceberem que este era o produto mais valioso da “Mashape”.
A empresa optou por tornar o software público e hoje em dia, segundo o CEO italiano, há empresas que pagam uma joia anual na ordem das centenas de milhar de dólares para poderem utilizar o seu produto.