Business angels: três razões para apostar em aceleradoras em vez de start-ups

Se é um business angel, já alguma vez pensou em investir em aceleradoras em vez de start-ups? Damos-lhe três razões que talvez o coloque a pensar sobre o assunto.

Melhores avaliações, tempo e diversificação. São estas as três razões que – talvez – o consigam convencer a apostar em aceleradoras em vez de start-ups.

Melhores avaliações:

Colocar dinheiro em aceleradoras reduz dramaticamente o preço que um business angel paga pelo seu investimento. Segundo o estudo anual da Halo Report intitulado “Relatório anual dos investimentos de ‘anjos’”, a avaliação média de uma start-up feita por um grupo de business angels é de 3,25 milhões de euros. Por outro lado, as aceleradoras dão perto de 22 mil euros por 6% de uma start-up, o que torna o valor total da mesma empresa em cerca de 370 mil euros. Mesmo depois de haver interesse na start-up, a avaliação da típica aceleradora é 7.3 vezes menor que a dos grupos comuns de business angels.

Para um investidor colocar dinheiro diretamente numa start-up através do seu grupo de business angels, tem de ter a certeza que essa empresa vai ter sete vezes mais possibilidades de ser bem-sucedida.

Diversificação:

Ao investir em aceleradoras, a diversificação do portefólio de um business angel aumenta exponencialmente, visto que o comum dos investidores só coloca dinheiro nos setores que conhece. Por outras palavras e exemplificando: um médico tem mais confiança em colocar o seu dinheiro numa start-up de e-health do que de fintech, na medida em que o setor da saúde é a sua especialidade. Ao colocar dinheiro em aceleradoras a situação muda.

Um estudo sobre os business angels norte-americanos revelou que a dimensão média de um portefólio de um investidor deste tipo é de sete start-ups. Uma simulação de Monte Carlo – um modelo utilizado para prever as possibilidades dos diferentes tipos de resultados, num processo que não pode ser facilmente previsto devido a ter várias variáveis –  mostrou que os business angels precisam de construir um portefólio de mais de 50 investimentos para terem uma probabilidade maior que 90% de terem duas vezes o retorno investido.

Ao investir em aceleradoras, os business angels estão não só a colocar o seu dinheiro num fundo que, apesar de ter menos retorno, aumenta o nível de diversificação do seu portefólio como também torna o investimento mais seguro. Uma aceleradora comum faz, por ano, um investimento em cerca de 12 empresas, um número cinco vezes superior ao dos business angels.

Tempo:

Ao investir nas aceleradoras, o tempo que habitualmente é despendido no processo levado a cabo por grupos de business angels torna-se bastante inferior, uma vez que quem trata de todo o processo é a pessoa que está à frente da aceleradora. Neste sentido, o tempo utilizado para realizar este tipo de reuniões e necessidades burocráticas é substancialmente reduzido.

Dito isto, ao investir em aceleradoras em vez de diretamente em start-ups, os business angels não só poupam bastante tempo, como também conseguem avaliações mais apetecíveis e ainda diversificam o seu portefólio. Se encontrar uma aceleradora de confiança à procura de investimentos, tenha estes três parâmetros em consideração na sua decisão final.

 

Leia também: “As dez melhores aceleradoras de start-ups do mundo

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