Beta-i, Valorpneu e Genan procuram start-ups para programa de inovação

A entidade gestora de pneus usados em Portugal e o reciclador multinacional especialista em sustentabilidade e inovação juntaram-se à Beta-i para criar o NextLap, um programa de inovação.

Criar projetos inovadores que deem um novo uso aos materiais derivados de pneus em fim de vida é o objetivo do programa NextLap que desafia start-ups de todo o mundo a colaborar na criação de projetos piloto neste domínio.

A iniciativa resulta de uma parceria entre a entidade gestora portuguesa Valorpneu e a recicladora multinacional de origem dinamarquesa Genan, com o apoio técnico e de gestão da consultora Beta-i, e tem ainda como missão melhorar a eficiência dos recursos primários, reduzir o desperdício de materiais e promover um mercado mais circular.

Estas entidades mobilizaram-se para ampliar as aplicações de reciclagem de pneus em fim de vida, investir num programa de inovação com uma metodologia colaborativa, desenhada pela Beta-i, capaz de unir as duas empresas com parceiros de todo o mundo e desenvolver projetos que venham melhorar a sustentabilidade do setor, aumentando a circularidade das matérias-primas em larga escala.

O NextLap vai funcionar em regime totalmente remoto e as candidaturas já estão a decorrer. Podem concorrer pessoas individuais, centros de investigação de universidades, empresas e start-ups portuguesas e internacionais que  já tenham soluções prontas para implementação, ou modelos inovadores que possam ser desenvolvidos para aplicação em processos existentes, ou ainda novas formas de reaproveitamento dos materiais derivados do pneu.

Depois do processo de seleção, o programa decorre durante nove meses durante os quais as propostas com as melhores tecnologias, processos e modelos de negócio participarão num bootcamp de três dias para começar a trabalhar com a Valorpneu e Genan no desenvolvimento de projetos-piloto para tratar, reutilizar e trazer aplicações inovadoras para os pneus inteiros, fragmentados, e em especial para os três componentes derivados de pneus em fim de vida: granulado de borracha, fibras têxteis e aço.

No final de abril de 2021, os projetos serão apresentados ao ecossistema e implementados no contexto real como soluções economicamente viáveis.

Refira-se que em Portugal são geradas anualmente, em média 80 mil toneladas de pneus em fim de vida, sendo encaminhadas para reciclagem cerca de 60% e para valorização energética os restantes 40%.

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