Best of dos negócios em 2016
2016 foi um ano marcante no cenário nacional e internacional. Desde os muitos ícones de vários setores de atividade que nos deixaram, às mudanças em vários cenários políticos e aos investimentos, fusões e aquisições, muita água passou por baixo das pontes.
A Fortune analisou o ano de 2016 e destacou alguns dos empreendedores, negócios e mercados que considerou como os de maior impacto e mais promissores.
Os que mais ganharam
O conhecido dono da Berkshire Hathaway, Warren Buffett, que se tornou investidor aos 11 anos quando comprou a sua primeira ação, ainda está aí para as curvas. A avaliação do valor dos investimentos de Buffett aumentou cerca de 9 biliões de dólares (cerca de 8,54 biliões de euros) até o final de novembro em 2016 – mais do que qualquer outro bilionário, segundo as estimativas da Bloomberg. Entre os que mais ganharam, encontramos também Sheldon Adelson, o magnata dos casinos, e Jeff Bezos, da Amazon. Esta continua a crescer no domínio das compras online, tendo 2016 trazido mais 8,6 biliões de dólares a Bezos.
❶ Warren Buffett
+ 9 biliões de dólares (cerca de 8,54 biliões de euros)
Riqueza total: 71,3 biliões de dólares (cerca de 67,66 biliões de euros)
A Berkshire Hathaway voltou a dominar nos mercados.
❷ Sheldon Adelson
+ 8,9 biliões de dólares (cerca de 8,45 biliões de euros)
Riqueza total: 31,9 biliões de dólares (cerca de 30,27 biliões de euros)
O dono dos casinos Las Vegas Sands expandiu a sua holding em Macau.
❸ Harold Hamm
+ 8,7 biliões de dólares (cerca de 8,26 biliões de euros)
Riqueza total: 15,6 biliões de dólares (cerca de 14,8 biliões de euros)
O executive da Continental Resources venceu no índice S&P 500.
❹ Jeff Bezos
+ 8,6 biliões de dólares (cerca de 8,16 biliões de euros)
Riqueza total: 68,3 biliões de dólares (cerca de 64,8 biliões de euros)
A Amazon cresceu durante todo o ano de 2016.
Melhor desempenho das ações no índice S&P 500
A Nvidia, líder em chips para placas gráficas, aplicou em 2016 a sua experiência em indústrias de rápido crescimento, como a IA, os carros com condução automática e o cloud computing. As suas ações sofreram uma valorização de 161,5%, mais do que qualquer outra até 15 de novembro. No topo da valorização da cotação das ações surgem também duas indústrias mineiras, uma gigante de gás natural e a retalhista de moda Urban Outfitters.
1º Nvidia (161,5%)
2º Freeport – McMoran (106,6%)
3º Oneok (102,5%)
4º Newmont Mining (88,5%)
5º Urban Outfitters (73,1%)
Maiores negócios
“Num ano movimentado para as M&A, embora sem alcançar o recorde de 2015, Randall Stephenson, CEO da AT&T, foi quem propôs o maior negócio do ano, ao oferecer 107,9 biliões de dólares (cerca de 102,4 biliões de euros – incluindo passivos) pela aquisição da gigante do entretenimento Time Warner. Juntar a HBO, a CNN e a bem-sucedida produtora e estúdio cinematográfico e televisivo Warner Bros. permitiria a Stephenson criar novos serviços digitais para atrair os 20 milhões de famílias que deram baixa dos serviços de Cabo e diversificar as receitas das suas empresas. Mas, num ano em que o record dos contratos cancelados foi quebrado, o regulador pode bloquear a fusão. Até mesmo Donald Trump referiu qe este negócio concentraria demasiado poder nas mãos de muito poucos”, referiu Aaron Pressman.
1º AT&T e Time Warner (107,9 biliões de dólares – cerca de 102,4 biliões de euros)
2º Bayer e Monsanto (66,30 biliões de dólares – cerca de 62,9 biliões de euros)
3º British American Tobacco e Reynolds American (58,1 biliões de dólares – cerca de 55,1 biliões de euros)
4º Qualcomm e NXP Semi-conductors (47 biliões de dólares – cerca de 44,6 biliões de euros)
5º ChemChina e Syngenta (46,7 biliões de dólares – cerca de 44,3 biliões de euros)
Ano mágico
“A Disney tornou-se neste ano o maior estúdio de cinema do mundo, em termos de receitas. Seguiu-se a um grande ano de 2015, o maior ano de bilheteira na história de Hollywood, ao quebrar o recorde de vendas de 6,9 biliões de dólares (cerca de 6,55 biliões de euros) da Universal em 2015”, refere Tom Huddleston Jr.
Os sucessos de 2016 da Disney incluem 1,15 biliões (cerca de 1,1 biliões de euros) do “Captain America: Civil War”, 1,02 biliões (cerca de 1 bilião de euros) do “Finding Dory”, 1,02 biliões do “Zootopia” (cerca de 1 bilião de euros) e ainda o mais de 1 bilião de dólares (cerca de 1 bilião de euros) previstos com o “Rogue One: A Star Wars Story”, estreado no final do ano.
Melhor recuperação
“A economia brasileira está claramente a sair de uma recessão de três anos, mas em 2016, um ano em que o país foi assolado pelo vírus Zika, pelo episódio com Ryan Lochte na bomba de gasolina e o impeachment da sua presidente, o mercado bolsista abrandou o crescimento. O seu índex bolsista IBOVESPA subiu de negativo para 49% no final de novembro, mas graças a um crescimento da procura de commodities, à confiança na nova ordem política e a um baixo ponto de partida”, argumenta Erika Fry.
Setor com maior crescimento
“Nos últimos anos, os metais foram atingidos primeiro pela crise financeira global e, depois, pela desaceleração na China. Estes fatores fizeram com que os minerais reduzissem drasticamente a oferta, mas a recuperação extraordinária do setor neste ano mostra que eles supercorrigiram, levando a uma baixa de preços”, refere Chris Matthews.
Setores com maior crescimento:
1º Metais e exploração mineira – 101,5%
2º Setor dos materiais – 51,6%
3º Setor da Tecnologia de Informação – 33,2%
4º Indústria de Exploração e Produção – 32,8%
5º Setor Financeiro – 32,8%
Comodities com melhor desempenho
O zinco ganhou a medalha de ouro como a matéria-prima com melhor desempenho em 2016. Ele trepou 60,4% até novembro, juntando-se a outros metais como o chumbo e o cobre, também com ganhos de dois dígitos.
Rendimento anual:
- Zinco: 60,4%
- Sumo de laranja: 45,8%
- Açúcar: 39,8%
- Níquel: 26,6%