E se o seu banco for em breve um robot?
Está preparado para que seja um robot a gerir a sua conta bancária? Algumas Fintech desenvolveram robots que automatizam a consultoria de investimento com bastante sucesso. Será o fim do aconselhamento financeiro por um ser humano?
Apesar dos clientes ricos continuarem a receber aconselhamento personalizado dos seus gestores de conta privados, os clientes menos afortunados estão a começar a ter de se contentar com a sua gestão autónoma.
Os Robo-advisors são realmente eficazespara a maioria destes pequenos investidores individuais? As Fintech pensaram nesta situação. Desde há alguns anos, passaram a oferecer aconselhamento por robots ou “Robo-advisors”, para gerir as poupanças e as carteiras de ações, avança o site francês Boursomaniac.
Robots para gerir as suas poupanças!
O que fazer à sua poupança quando as taxas estão tão baixas? Nada como um conselheiro pessoal para impulsionar as suas economias. Por isso, as empresas financeiras e Fintech em atividade no setor dão-lhe conselhos personalizados de investimento, com base no seu perfil de investidor e nos riscos que está disposto a tomar.
O robot-conselheiro ou Virtual Advisor é controlado por um algoritmo complexo que compila um grande número de informações sobre o mercado, sobre o histórico dos preços e sobre modelos financeiros. O robot faz recomendações de investimentos que o cliente é livre de seguir ou não. Essas dicas vão propor-lhe que invista em determinado produto financeiro, numa determinada ação ou, em alternativa, a desinvestir em determinados setores.
Existem dois tipos de robo-advisor. Em primeiro lugar, a gestão discricionária da sua carteira. O cliente dá poder ao robot para tomar decisões em seu nome, dando-lhe, dentro de certos limites, carta branca para investir na Bolsa. Depois, há a gestão aconselhada, onde o robot dá recomendações financeiras que o cliente é livre para aceitar ou não.
Os Robo-advisors são realmente eficazes?
Os consultores virtuais são particularmente baratos em comparação com as taxas em vigor no mundo da gestão de fortunas. Além disso, não há nenhuma exigência de capital mínimo, o que permite a um grande número de investidores beneficiar desta solução de investimento.
Apesar do seu baixo custo, a questão fundamental, obviamente, diz respeito à eficácia dos consultores virtuais. Com efeito, o cliente indica o seu perfil de investidor (defensivo, agressivo ou neutro) e define o nível de risco que está disposto a tomar e o próprio robot calcula os investimentos a fazer, com o nível máximo de risco que corre e os ganhos prováveis.
Ainda é difícil avaliar o desempenho dos robots-conselheiros a longo prazo. Isso exigiria mais tempo para avaliar o seu comportamento ao longo de vários ciclos bolsistas. Como iriam os algoritmos comportar-se durante uma crise bolsista? Não irão eles entrar em pânico ao menor solavanco e perante uma forte volatilidade? Será, obviamente, depois de observar a robustez destes robots que será possível confirmar a sua estabilidade através das tempestades.
Segundo o site francês Boursomaniac, estes consultores virtuais são uma coisa boa, pois dão conselhos que o cliente é livre de seguir. Eles poderão orientá-lo através do mundo das finanças e da Bolsa ou confirmar uma análise de mercado que o cliente tenha feito. No entanto, a falta de perspetiva recomenda que os clientes sejam prudentes na utilização sem reservas dessas ferramentas. Assim, mantenha sempre o controlo pessoal da sua carteira e seja o único a tomar a decisão de compra ou de venda.
Agora é a sua vez de entrar no jogo! Já investiu na bolsa com um consultor virtual?