As 5 maiores tendências no ambiente de trabalho para 2022

Trabalho híbrido, inteligência artificial, desenvolvimento da resiliência e foco nas competências são algumas das tendências para o próximo ano, segundo Bernard Marr, autor de best-sellers e orador internacional, que faz uma antevisão na Forbes.

As empresas, os profissionais e os consumidores estão em constante mudança. O que se faz hoje, pode não funcionar mais amanhã. Muitas projeções evidenciam que a tecnologia irá influenciar a maneira como trabalhamos e como a exigência cada vez mais elevada dos consumidores irá obrigar os profissionais a errarem cada vez menos e a contarem com ainda mais recursos para fazerem trabalhos mais inovadores.

Muito do que conhecemos no nosso ambiente de trabalho deixará de existir no futuro e por diferentes razões. Bernard Marr, autor de best-sellers e orador internacional, enumerou na Forbes as cinco previsões de como será o ambiente de trabalho no futuro.

1. Trabalho híbrido e a opção de escolha
Quando falamos do local onde trabalhamos, continuará a haver três modelos principais: locais de trabalho centralizados, organizações remotas descentralizadas e abordagem híbrida do “melhor dos dois mundos”. O que provavelmente mudará em 2022 é a possibilidade de escolher o modelo que mais se encaixa nas nossas necessidades em vez de sermos forçados  a seguir o modelo que organização impôs por necessidade.

No auge da pandemia em 2020, 69% das grandes empresas esperavam uma redução geral na quantidade de espaço de escritório que ocupariam, de acordo com uma pesquisa da KPMG. Um relatório recentemente encomendado pela plataforma de mensagens de vídeo Loom descobriu que 90% dos funcionários entrevistados – incluindo trabalhadores e gestores – estão mais felizes com a maior liberdade que agora têm para trabalhar em casa, sugerindo que essa é provavelmente uma tendência que veio para ficar à medida que avançamos para 2022.

2. Recurso à inteligência artificial
O Fórum Económico Mundial prevê que a inteligência artificial e a automação levem à criação de 97 milhões de novos empregos até 2025. No entanto, muitas pessoas verão as suas funções mudarem. Isso acontecerá pois cada vez mais se espera que as organizações contratem funcionários com competências relacionadas com a tecnologia de IA.

Inicialmente, a IA será usada principalmente para automatizar elementos repetitivos das funções do dia a dia e permitir que os trabalhadores se concentrem em áreas que requerem um toque mais humano – como a criatividade, a imaginação, a estratégia de alto nível ou a inteligência emocional, por exemplo. Alguns exemplos incluem advogados, que usarão a tecnologia para reduzir o tempo gasto na revisão de casos, e médicos, que terão recursos de visão computacional para analisar registos e exames, contribuindo para o diagnóstico de doenças.

No retalho, a análise aumentada ajudará os gerentes de loja a planear o stock e a logística, e auxiliará os assistentes de vendas a prever o que os clientes estão à procura quando entrarem pela porta. Já os profissionais de marketing terão à sua disposição uma gama cada vez maior de ferramentas para ajudá-los a direcionar campanhas e a segmentar públicos. E nas funções de engenharia, os trabalhadores terão cada vez mais acesso à tecnologia que os ajudará a entender como as máquinas funcionam e a prever onde as avarias podem acontecer.

3. Desenvolver a resiliência
Antes da pandemia, a prioridade era contratar funcionários que criassem organizações eficientes. Durante a crise sanitária, a ênfase mudou na direção da resiliência. Um desafio que as empresas enfrentarão em 2022 é encontrar maneiras de ajudar e contribuir para o bem-estar dos recursos humanos.

Garantir que uma força de trabalho seja saudável o suficiente para manter um negócio a funcionar é um elemento crítico de resiliência, mas também abrange a implementação de processos mais flexíveis. Estes processos certamente desempenharão um papel cada vez mais importante na vida dos trabalhadores.

4. Menos foco nas funções, mais atenção nas competências
As competências são críticas porque abordam os principais desafios do negócio. Já as funções, por outro lado, descrevem a maneira como os indivíduos de uma força de trabalho se relacionam com uma estrutura ou hierarquia organizacional. Ao focarem-se nas competências, as empresas abordam o facto de que resolver problemas e responder às suas questões de negócios centrais é a chave para impulsionar a inovação e o sucesso na era da informação.

A mudança de foco, deixando as funções em segundo plano e colocando as competências em destaque, provavelmente será uma tendência importante tanto para organizações, quanto para trabalhadores no próximo ano.

5. Monitorização dos funcionários
Por mais controverso que seja, a pesquisa mostra que os empregadores estão cada vez mais a investir em tecnologia projetada para monitorizar e rastrear o comportamento dos seus funcionários. Plataformas como o Aware, que permitem às empresas monitorizar o comportamento por e-mail e ferramentas como o Slack para medir a produtividade, estão a ser vista como particularmente úteis por gestores que supervisionam forças de trabalho remotas.

A ideia é recorrer a estas plataformas para obter amplos pontos de vista sobre o comportamento da força de trabalho, em vez de focar nas atividades dos indivíduos e usá-los para impor a disciplina. As empresas que investem nestas tecnologias têm uma linha ténue a trilhar, e ainda não se sabe se o efeito será um aumento na produtividade ou um “efeito inibidor” nas liberdades individuais. Se for o último, é improvável que termine bem para as empresas envolvidas. No entanto, para o bem ou para o mal, parece provável que este tipo de tecnologia desempenhe um papel cada vez mais importante no local de trabalho durante 2022.

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