As 100 empresas mais valiosas do mundo

O ranking das 100 maiores empresas do mundo por capitalização bolsista é liderado pelos Estados Unidos e a tecnologia é o setor dominante, avança uma pesquisa realizada pelo site espanhol Expansión, que recorreu a dados da Bloomberg.

No total, 56 empresas do top 100 do planeta têm bandeira norte-americana e 16 (24 se incluirmos as empresas de telecomunicações) levam o selo tecnológico, que em 2016 superou, pela primeira vez, o setor financeiro nesta classificação.

Os números absolutos são tão avassaladores como a sua posição na classificação: as 12 principais empresas do mundo têm passaporte norte-americano. As três primeiras correspondem aos titãs de Silicon Valley: Apple, com uma capitalização bolsista de 693.220 milhões de euros; Alphabet – a holding do Google –, com quase 552.000 milhões e Microsoft, com 470.000 milhões.

Esta é a conclusão de uma análise das grandes cotadas do planeta realizada pelo site espanhol Expasión, a partir dos dados do Bloomberg. Uma investigação que mostra a hegemonia norte-americana. Por outro lado, frente às 56 empresas dos Estados Unidos, só há 21 europeias (12 delas da zona do euro) e 17 asiáticas. O resto distribui-se entre a Austrália (com 3 representantes), Canadá (2) e América Latina (1).

Em volume de capitalização, as estatísticas ditam a mesma sentença: as empresas dos Estados Unidos ocupam 65% do total das 100 maiores cotadas do planeta, que somam 16,5 biliões de euros. Em relação a este dado, a Ásia representa 16,3% e a Europa, 15,23%. Espanha apenas chega a 0,6%, com a Inditex , a sua única representante. Com uma capitalização de 95.370 milhões de euros, a empresa de Amancio Ortega situa-se na posição 73.

Neste sentido, os 16,5 biliões de capitalização total das 100 maiores cotadas do planeta duplicam os quase 8 biliões de 2009, quando se começaram a notar os verdadeiros efeitos da recessão. A ordem do ranking mudou, e muito, desde então. Em 2009, o líder era a Exxon Mobil, seguida da PetroChina, Wall Mart, ICBC e China Mobile, refletindo o peso que tinham na altura as petrolíferas e as empresas chinesas entre os líderes mundiais.

Desde então, há três grandes mudanças. Em primeiro lugar, os Estados Unidos ganharam força, pois agora as empresas norte-americanas ocupam os 12 primeiros lugares da lista – as 57 empresas na lista atual contrastam com as 42 de 2009. Com efeito, desde aquele ano, o S&P 500, que agrupa as maiores empresas dos Estados Unidos, subiu 170%, comparado com os 91% do Stoxx Europe 600, que aglutina as empresas mais importantes do Velho Continente.

Em segundo lugar, e em relação direta com o ponto anterior, as mudanças das cotadas evidenciam que a China, apesar do seu crescimento, não apanhou o comboio norte-americano.

De facto, em relação ao ranking da crise, há que descer até à décima terceira posição para encontrar na Alibaba a sua primeira representante (que, aliás, é cotada nos Estados Unidos). Em 2017, há 11 empresas chinesas na lista das 100 grandes maiores empresas, as mesmas que em 2009.

Em terceiro lugar, e em sintonia com a evolução dos índices na Bolsa, verifica-se, além disso, o fraco protagonismo da zona euro, que passou de 18 representantes para 11. A Espanha contava com a Telefónica (na posição 34) e o Banco Santander (na 65) nesse top 100 das cotadas. Hoje, a Telefónica está na posição 196 e o Santander na 111.

Espanha

Com uma capitalização bolsista de 95.369 milhões de euros, a Inditex ganhou por direito próprio um lugar no ranking das 100 maiores cotadas do mundo. É, com efeito, a única representante espanhola da classificação. Se analisarmos um intervalo mais alargado, outras espanholas situam-se também numa posição privilegiada na referida classificação mundial. Entre as mil primeiras, encontramos o Banco Santander (na posição 111), a Telefónica (196), BBVA (254), a Iberdrola (265), a ArcelorMittal (475), a Repsol (601), a Endesa (602), a AENA (638), a CaixaBank (642), a Amadeus (670), o Gas Natural (704), a Abertis (951),  a Grifols (971), a IAG (974) e a Ferrovial (997).

Estados Unidos

Apple. Ninguém duvida do reinado da Apple. O que pouco se sabe é  que em 2009, quando já se sentiam os efeitos da crise, ocupava a posição 33 no ranking das grandes empresas.

Alphabet. O seu caso é muito semelhante ao da Apple. Hoje ocupa uma indiscutível segunda posição, mas em 2009 só a partir da posição 22 encontrávamos o rei dos motores de busca.

Microsoft. A empresa fundada por Bill Gates tem sido mais estável. Na crise, era a sexta maior cotada do planeta. Hoje, é a terceira.

Zona do euro

Royal Dutch. A empresa holandesa é a primeira representante da zona do euro, ao situar-se na posição 22. Fora do euro, é ultrapassada por duas empresas suíças: Nestlé (19) e Roche ( 21).

Total. A francesa coloca-se na posição 53, à frente das quatro empresas gaulesas que aparecem no ranking das 100 maiores empresas do mundo.

SAP. A Alemanha é, juntamente com a França, o país que tem mais embaixadores dentro da zona euro na lista das grandes cotadas (têm 4 cada uma). A SAP ocupa a posição 56.

Reino Unido

HSBC. O Reino Unido tem o maior número de representantes da Europa, tanto dentro como fora da zona do euro. O primeiro classificado é a HSBC, que tem a sua sede em Londres.

Unilever. O fabricante de marcas de consumo e engarrafados ocupa o segundo lugar no Reino Unido.

British American Tobacco. É uma das grandes representantes da indústria tabaqueira, que ocupa a 55ª posição classificação das 100 maiores empresas por capitalização bolsista. Acompanham-na a Philip Morris (40ª posição), a Altria (50ª posição) e a Reynolds (97ª posição).

Ásia

Alibaba. Embora cotada nos Estados Unidos, a tecnológica é a primeira grande embaixadora da China: ocupa a décima terceira posição, o que a converte na primeira empresa que se interpõe no poderio dos Estados Unidos no ranking.

Tencent. Foi ultrapassada pela Alibaba como a primeira empresa chinesa da lista. Fornece serviços de internet e redes móveis.

Industrial & Commercial Bank of China. É outro dos marcos bolsistas, tanto pela capitalização como por ter passado à história como uma das maiores IPO de sempre.

Confira o ranking das 100 empresas mais valiosas no mundo no site do Expansión.

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