Análise Schroders: investidores portugueses arriscam pouco, mas esperam muito

O Global Investor Study 2018, da Schroders, revela que os investidores nacionais arriscam pouco, mas esperam retornos interessantes.
A Schroders, através do seu Global Investor Study 2018, analisou a forma como, internacionalmente, os investidores fazem as suas opções de investimento. Portugal também fez parte da lista dos 30 países, de diferentes regiões do globo, que integraram esta análise (que envolveu cerca de 22 mil inquiridos), e as conclusões revelam algumas caraterísticas do perfil do investidor nacional.
Senão vejamos: comparativamente a outros países contemplados pelo estudo, os investidores portugueses diversificam menos as áreas onde colocam o seu dinheiro, com 41% dos inquiridos a revelar diversificar muito pouco os seus ativos.
Mesmo os 14% de investidores que sentem que têm níveis mais elevados de conhecimento do investimento, reconheceram que o seu portefólio é pouco diversificado. 28% investe em equities, 23% em dinheiro, 20%, em títulos/ações, 15% em fundos e 14% em investimentos alternativos.
Já quanto o nível de risco dos investimentos, os portugueses direcionam 57,1% dos investimentos para ativos de baixo risco. Mas apesar de “jogarem pelo seguro” têm uma expetativa de retorno elevada (e pouco realista) na casa dos 10% anuais.
A nível global, já não se passa o mesmo. Um investidor tipo divide os seus ativos por ações, dinheiro, obrigações, imobiliário e investimentos alternativos.
Setores em que investidores globais mais investem
Quão diversificado as pessoas pensam que é o seu portfólio de investimento
Ainda no conjunto dos 30 países referenciados, o Global Investor Study 2018 constatou diferenças entre os setores de atividade para os quais os investidores canalizam o seu dinheiro e o quão especializados são esses mesmo investimentos. Saúde, sustentabilidade, tecnologias disruptivas, comodities, data economy e imobiliário foram as áreas contempladas. A primeira é a que têm a média global mais elevada e também a preferida para 74% dos investidores asiáticos e 68% dos americanos. Já os investidores europeus, 63%, apostam mais na sustentabilidade.
No que diz respeito às áreas de interesse no mercado português, a média nacional é mais elevada nas tecnologias disruptivas (67%), seguida da sustentabilidade (66%) e da saúde (64%)