América Latina tem mais mulheres na liderança de empresas de tecnologia

O aumento do empreendedorismo feminino e de iniciativas que aproximam as mulheres do setor contribuem para o bom desempenho da América Latina, segundo um novo estudo da KPMG e da Harvey Nash.

Uma pesquisa global, publicada esta semana, mostra que a América Latina tem mais mulheres nas posições de liderança de empresas de tecnologia do que os países com uma agenda de diversidade mais avançada, como o Brasil.

Segundo a pesquisa anual focada em liderança na indústria de tecnologia realizada pela consultoria KPMG em parceria com a empresa de recursos humanos e tecnologia Harvey Nash, a participação de mulheres em lugares de liderança em tecnologia na América Latina está atualmente em 16%. A percentagem é significativamente maior do que os 4% de representatividade feminina nestas funções em países como o Reino Unido e superior à média global de 11%.

O estudo, que consultou quase 5 mil tomadores de decisão no mundo e é considerado referência em tendências de gestão de tecnologia nas empresas, atribui o aumento na liderança feminina a dois fatores. O primeiro é que há um aumento na região no número de STEMpreneurs, ou seja, fundadoras de negócios relacionados com a ciência, engenharia, matemática e, principalmente, start-ups de base tecnológica.

Além disso, a pesquisa associa o aumento da liderança feminina em tech ao surgimento de programas específicos na região para trazer mais mulheres para o mundo da tecnologia.

Reiterando a conclusão de outras pesquisas, que afirmam que as empresas com mais mulheres em posições seniores tendem a ser mais lucrativas, o estudo da Harvey Nash e da KPMG aponta que existem outras nuances do mundo pós-Covid-19 que reforçam a importância de contratar mulheres para a área de tecnologia e promovê-las para cargos de liderança.

Sobre as razões para apostar em equipas diversificadas nos negócios, o estudo aponta algumas tendências. Dois terços dos executivos consultados pelo estudo afirmaram que as equipas de tecnologia que fogem do estereótipo do homem branco vs classe média verificaram não só um aumento da confiança e da colaboração entre os colaboradores, como também um aumento da probabilidade de aceder a conhecimento/talento que a empresa precisa atrair.

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