AEP e COSEC apoiam competitividade

A Associação Empresarial de Portugal (AEP) e a COSEC, seguradora de créditos e de caução, vão criar instrumentos de cooperação com vista a fomentar a competitividade das empresas nacionais.

As duas instituições assinaram um acordo para definir linhas conjuntas de atuação, de forma a desenvolverem os instrumentos e as iniciativas necessárias para dinamizar as exportações nacionais e apoiar as empresas nas suas estratégias de internacionalização.

Assinado por Paulo Nunes de Almeida e Maria Celeste Hagatong, respetivamente presidentes da AEP e da COSEC, o acordo “visa o incremento das exportações de bens e serviços de origem portuguesa e a diversificação dos mercados de exportação, sobretudo mercados de maior risco, através da divulgação de produtos de seguro de créditos, sua adaptação aos mercados e às indústrias e da criação de focus groups para o efeito”.

Avaliação ao crédito bancário

Entretanto, a AEP anunciou também, no final da semana passada, algumas das conclusões do inquérito sobre o grau de dificuldade de acesso ao crédito bancário que realizou junto de uma amostra significativa de empresas suas associadas. Os resultados confirmam a existência de obstáculos para financiar a atividade empresarial, obstáculos esses que se fazem sentir com maior incidência nas micro e pequenas empresas. A dificuldade na obtenção de crédito bancário também se verifica nas empresas exportadoras, apesar de serem as não exportadoras as mais afetadas. As comissões e outros encargos são apontadas como os aspetos mais negativos no acesso ao crédito. Seguem-se as garantias exigidas pelos bancos, igualmente apontadas como um elemento desfavorável.

Neste inquérito promovido pela AEP, o autofinanciamento, ou seja a utilização de capitais próprios ou empréstimos de sócios, surge como uma das principais alternativas ao crédito bancário utilizadas pelas empresas para financiarem a sua atividade. O crédito disponibilizado pelos fornecedores e por fundos comunitários são outras das alternativas. Quando estão em causa empresas de grande dimensão, o mercado de capitais e o papel comercial são as opções mais usadas ao invés do crédito bancário.

De acordo com a Associação Empresarial de Portugal, os resultados deste inquérito “merecem uma reflexão séria, que permita ultrapassar o problema do financiamento do setor empresarial privado e não seja uma ameaça ao bom funcionamento da atividade”.

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