6 macro-tendências que devem impactar as empresas nos próximos 2 anos, segundo a Deloitte

Além da IA generativa, o Global Tech Trends, da Deloitte, inclui computação espacial, metaverso industrial e computação híbrida.
À semelhança de edições anteriores, o 15.º Global Tech Trends, da Deloitte, faz uma antevisão do cenário tecnológico e empresarial e aponta quais os investimentos emergentes que vão impulsionar o crescimento e tornar as operações das empresas mais ágeis nos próximos dois anos. A análise revela novas tecnologias e abordagens para oportunidades em áreas que valorizam a interação, informação, computação, negócios, cibersegurança, confiança e modernização.
Globalmente, o Global Tech Trends identifica aquelas que serão as seis grandes macro tendências empresariais, tendências tecnológicas emergentes que demonstram que, numa era de máquinas generativas, é mais importante do que nunca para as organizações manter uma estratégia de negócios integrada, uma base tecnológica sólida e uma força de trabalho criativa. Vejamos:
1.Computação espacial e metaverso industrial
Segundo o Global Tech Trends, é nos ambientes industriais que a realidade aumentada e virtual deverá registar o maior impacto. Algumas empresas já estão a aproveitar o metaverso industrial para impulsionar gémeos digitais, simulações espaciais, instruções de trabalho e espaços digitais colaborativos, resultando em ambientes de produção e negócios mais seguros e eficientes.
2.IA generativa
Os executivos estão a constatar que a IA generativa, na sua forma mais estratégica, tem menos a ver com a redução de custos e mais com a elevação de ambições. 90% dos executivos consultados responderam que sete em cada dez empresas investirão em IA no próximo ano. As empresas de TI, telecomunicações e finanças lideram, seguidas pelo retalho, farmacêuticas, máquinas e equipamentos e incorporação.
3.Computação híbrida
Mesmo que os serviços em cloud ofereçam funcionalidades suficientes para a maioria das operações comerciais, os casos deep learning, simulações complexas e gémeos digitais, entre outros, exigem códigos e poder computacional cada vez mais sofisticados. Segundo a Deloitte, as empresas inovadoras já estão a explorar uma combinação diversificada de arquiteturas híbridas, clouds privadas e públicas, escalabilidade hiper sustentável e plataformas especializadas para otimizar os investimentos existentes.
4.Developers
Para empresas que querem atrair e reter os melhores talentos tecnológicos, surge uma nova necessidade: a experiência do developer, ou DevEx. Essa abordagem coloca o developer no centro, para aprimorar a produtividade diária e a satisfação dos engenheiros de software, considerando cada interação deles com a organização. Com os processos, ferramentas e cultura certos, os profissionais tornam-se mais envolvidos e aumentam as hipóteses de permanecerem na organização mais anos.
5.Ferramentas para garantir conteúdos reais
A disseminação de ferramentas de IA facilitou a criação de conteúdos falsos, incluindo as deepfakes, que estão a ser usadas para contornar, por exemplo, o controlo através de reconhecimento de voz e facial. Contudo, há um conjunto de soluções emergentes, igualmente impulsionadas por IA, machine learning e até computação quântica, que estão prontas para contribuir para reforçar esse controlo.
6.Check-up tecnológico
Algumas tecnologias recentemente estão a tornar-se rapidamente obsoletas. Por isso, as avaliações preventivas ajudam as equipas a identificar as que podem continuar a responder às necessidades empresariais e a priorizar as que necessitam de tratamento.