5 dicas para start-ups e grandes empresas andarem de mãos dadas

As grandes empresas estão cada vez mais interessadas em fazer parcerias com as start-ups. No entanto, a relação nem sempre é pacífica. Eis 5 dicas que prometem ajudar start-ups e grandes empresas a crescerem e a inovarem em conjunto.

Se é um facto que as grandes empresas procuram ser inovadoras e que as start-ups pretendem crescer rapidamente, não é menos verdade que nem sempre é fácil a relação entre as duas partes.

Todavia, o ganho é mútuo. Por um lado, as grandes empresas conseguem tornar-se mais inovadoras e flexíveis e, por outro, as start-ups conseguem crescer mais rapidamente e fazer face às despesas.

O Brasil acolheu recentemente o 7º Congresso Brasileiro de Inovação da Indústria, onde este tema foi alvo de um painel que contou com a participação de Alexander Idrisov, CEO do Instituto de Competitividade Eurasia, Antônio Marcon, diretor de pesquisa e desenvolvimento da Samsung Brasil, Franklin Luzes Junior, COO da Microsoft Participações, Heloísa Menezes, diretora técnica do Sebrae, e Rafael Ribeiro, executivo da Associação Brasileira de Startups (ABStartups).

Foram dadas várias dicas durante o painel sobre como as start-ups e as grandes empresas podem crescer e inovar conjuntamente. A revista Pequenas Empresas & Grandes Negócios partilhou algumas delas. Ora veja.

  1. As start-ups devem dar resposta a problemas reais

De acordo com Luzes Junior, para chamar a atenção de grandes empresas que estejam dispostas a apoiar ou mesmo a comprar a solução de uma start-up, é preciso que esta dê resposta a problemas reais. “Muitas vezes os empreendedores criam protótipos pelo prazer de programar, mas não pensam na utilidade do que estão a criar. No entanto, gerar valor, seja para o cliente ou para uma grande empresa, é essencial para o sucesso do negócio”, afirmou.

  1. Esmere-se no “boca a boca”

Também segundo Luzes Junior, apesar da popularidade da internet e das redes sociais, a melhor forma de promover o seu negócio ainda é através da recomendação de um cliente a pessoas próximas. “Uma start-up precisa ser boa o suficiente para que os seus clientes falem sobre o seu produto ou serviço àqueles com que interagem socialmente. O “boca a boca” é eficaz e continua a ser a forma mais barata de fazer a promoção do negócio, o que é essencial para quem está a começar e não tem dinheiro.”

  1. As grandes empresas precisam de ser menos burocráticas

Alexander Idrisov aconselhou as grandes empresas que pretendem ser inovadoras a verem na parceria com start-ups uma forma de serem disruptivas. Segundo este, as grandes empresas têm estruturas muito burocráticas e processos de tomada de decisão lentos. “As empresas perdem oportunidades por serem lentas. Neste mundo, em que tudo acontece tão rapidamente, os processos devem ser mais simples”, referiu.

  1. Aposte em ideias que à partida parecem uma loucura

Outro conselho que Idrisov deu às grandes empresas foi apostarem em ideias que sejam disruptivas. Segundo Idrisov, estas ideias podem mesmo não ter necessariamente a ver com o foco de atuação atual do negócio. “É preciso renovarmo-nos para sobrevivermos e pode ser que um negócio maluco mostre o caminho que precisam de seguir para irem mais longe”, afirmou o líder russo.

  1. Cuidado com a “Síndrome da Kodak”

Heloísa Menezes, do Sebrae, ressaltou a importância da parceria entre start-ups e grandes empresas: enquanto as primeiras encontram nas parcerias uma oportunidade para se capacitarem e fazerem face às despesas, as segundas encontram grandes aliados para inovarem no negócio.

“Hoje, o sucesso é muito efémero. As grandes empresas de outros tempos que não se consigam adaptar irão ficar para trás. Deve-se ter cuidado com a ‘Síndrome da Kodak’, uma empresa que não viu a mudança e foi ao fundo. Os grandes negócios devem pensar na cooperação e eventualmente na compra de start-ups para fazerem face à sua permanente necessidade de renovação”, referiu.

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