4 sinais de que o seu negócio está em risco

Embora lhe possa parecer que tudo corre bem, há pequenos sinais que lhe permitem fazer o diagnóstico à saúde da empresa. Há quanto tempo não faz um check-up ao seu negócio?

A hipertensão é conhecida como um assassino silencioso da saúde humana. Se não lhe prestarmos atenção, pode combinar-se com outras doenças, como colesterol elevado ou a diabetes, e levar a uma paragem cardíaca.

O mesmo pode acontecer com a saúde da sua empresa. Conhece os “assassinos silenciosos” do seu negócio?

Steve Blue, CEO da Miler Ingenuity, autor de vários livros, especialista e orador internacional em business transformation e maximização do potencial inovador da empresa, afirmou ao Entrepreneur que “a maioria das empresas tem pelo menos um assassino silencioso a rondá-la. Cada um pode não ser letal, mas combinados podem matar o seu negócio.”

Segundo Blue, há quatro sinais que podem indicar que a saúde do seu negócio está em risco:

1. As reuniões são festas entre amigos

Quando faz uma reunião ou uma vídeochamada, a sua equipa só sorri ou sente-se suficientemente cómoda a desafiarem-se entre si? As reuniões que são demasiado corteses (sem desacordos, conflitos ou debates) podem ser sinal de que algo está mal, referiu Blue.

“Se não há nenhum conflito, isto poderá indicar que a sua equipa não se importa ou não tem paixão pelo que está a fazer”, afirmou Blue. “Não é possível conseguir que um negócio avance sem conflitos. O seu objetivo não deve ser a ausência de conflitos, mas sim haver conflitos positivos”, acrescentou o líder.

Os empreendedores devem motivar e preparar os seus colaboradores para que façam parte de discussões produtivas e moderadas.

2. A inovação está de férias

Que percentagem das suas vendas provém de serviços ou produtos lançados nos últimos dois anos? Se for menos de 20%, então a inovação na sua empresa poderá estar a extinguir-se e talvez seja o momento de a reanimar.

“A inovação não é uma meta, mas um ponto de partida”, referiu Blue, tendo acrescentado que a inovação não é só criar novos produtos, mas também novos processos internos e externos.

Na empresa de Blue, a Miller Ingenuity, os colaboradores passam a última hora do dia no departamento de criatividade da empresa, em brainstorming. “Deve destinar um tempo e espaço para a inovação e atribuir-lhe recursos”, recomenda Blue. Na sua empresa há ainda um prémio anual de inovação que atribui um prémio de 5 mil dólares (cerca e 4300 euros) ao colaborador que tenha contribuído com a melhor ideia.

3. O cliente tem sempre razão

Quando surge um conflito entre a sua empresa e um cliente, o seu colaborador põe-se sempre ao lado do cliente? Embora “o cliente tem sempre a razão” tenha sido um mantra dos negócios durante muito tempo, Blue aconselha os empreendedores a adotarem-no com cautela.

“O seu cliente pode acabar com o seu negócio, levando as suas margens a zero se o deixarem levar sempre a sua avante”, partilhou Blue. “Os seus clientes também poderão abandoná-lo num minuto se conseguirem um contrato melhor noutro lado. De certeza que quer ter colaboradores que trabalhem para os seus clientes?”, interpelou o líder.

Experimente a preparar os seus colaboradores para desenvolverem relações profundas com os seus clientes, de maneira a que, quando tenham de lhes dar más notícias, como um aumento de preços, o relacionamento e o fator serviço compensem o custo acrescido.

“Apesar de querer que a sua equipa cuide dos seus clientes, a sua lealdade deve ser para com a sua empresa”, relembrou Blue.

4. Colaboradores tóxicos

Todos nós temos encontrado colaboradores, comissários de bordo e empregados de mesa grosseiros que atuam como se os nossos pedidos fossem imposições. Tem alguma destas pessoas tóxicas na sua equipa? Basta um só para causar danos ao seu negócio e acabar com anos de lealdade. De facto, segundo Blue, trata-se de um dos piores assassinos silenciosos.

Faça um check-up à sua organização e veja se tem colaboradores tóxicos ao seu lado. Sendo o caso, interpele-os a mudarem o seu comportamento de imediato ou a ponderarem a saída da empresa. Adote um novo standard de comportamento para toda a empresa e dê formação aos seus colaboradores sobre boas relações com os clientes.

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