11 riscos que os investidores em venture capital ponderam sempre

Tomasz Tunguz, venture capitalist da Redpoint, partilhou 11 riscos que acredita que todos os investidores de capital de risco ponderam antes de decidirem pelo investimento.

Tomasz Tunguz é um dos investidores da Redpoint, que desde 1999 já investiu em 465 start-ups num total de 6 biliões de dólares (cerca de 5400 mil milhões de euros), que conta com 143 IPOs e M&As e que integra no seu portefólio de investimentos empresas como a 2U, HomeAway, Heroku e o Netflix.

“Embora a indústria seja chamada de capital de risco, o objetivo de um VC não é o de maximizar cada risco. Em vez disso, tentamos entender todos os riscos que uma empresa pode enfrentar e ponderá-los com a recompensa – a saída”, referiu no seu site.

Tunguz partilhou os 11 riscos que acredita que todos os investidores ponderam quando decidem sobre um potencial investimento numa start-up.

Risco eminente no mercado – É o momento certo para esse negócio? “Muitas vezes é difícil avaliar esse risco, mas é uma consideração importante a fazer. Muitas pessoas dizem que inventei o Facebook antes do Facebook, o que pode muito bem ser verdade. Mas na altura o mercado ainda não estava pronto para tal”.

Risco do modelo de negócio – Têm um claro modelo de negócio? A rentabilidade económica parece estar a funcionar? Se não, o que é necessário para alcançar a rentabilidade?

Risco de adoção do mercado – Existem fortes concorrentes no mercado? Quais são os principais entraves à entrada no mesmo?

Risco do tamanho do mercado – Se a empresa tiver sucesso, o cenário de desinvestimento é suficientemente grande para fornecer o tipo de retorno que o nosso fundo precisa?

Risco de execução – A equipa tem as competências certas e a paixão para alcançar os seus objetivos? Caso contrário, são eles capazes de encontrar outras pessoas que complementem os seus conhecimentos?

Risco tecnológico – A empresa precisa de desenvolver uma nova tecnologia que pode não se concretizar ou pode demorar muito mais do que o esperado até estar implementada? Isto é geralmente mais importante quando se tratam de empresas de cleantech e de hardware.

Risco da estrutura de investimento – Tem a empresa espaço suficiente para integrar mais investimento necessário ao crescimento, ao mesmo tempo que continua a assegurar que os seus colaboradores e executivos são bem compensados?

Risco da plataforma utilizada – Está a start-up a construir sobre a plataforma do YouTube, Twitter ou Facebook? Quão forte é a relação de ambos? Estão os produtos previstos pela start-up alinhados com o caminho que a plataforma está a seguir ou são complementares?

Risco para a equipa de investimento – A empresa é recetiva ao feedback? A equipa é sincera sobre o estado do negócio?

Risco financeiro – Quanto dinheiro pede a empresa para conseguir atingir os seus objetivos? É o risco de financiamento possível de gerir face ao ambiente atual e à trajetória que a empresa está a seguir?

Risco legal – Tem a empresa uma elevada probabilidade de incorrer numa ação judicial por violação de patente ou direitos de autor? Tem a empresa em mãos reclamações pendentes com colaboradores ou fundadores iniciais? Existem desafios regulatórios no setor de atuação da start-up?

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