10 tendências de recursos humanos em 2022, para o ManpowerGroup

O impacto da pandemia, a aceleração da transformação digital são duas realidades que vão continuar a marcar o mercado de trabalho e a gestão do talento ao longo deste ano.
Perante o cenário de transformação que se vive no mercado laboral, o ManpowerGroup apresenta aquelas que considera as 10 principais tendências de Recursos Humanos para 2022, e que devem ser consideradas na definição e implementação da estratégia de gestão de talento das organizações de forma a criar uma melhor proposta de valor para os colaboradores e manter a competitividade no mercado de trabalho. Resultam da investigação e interpretação de dados recolhidos a nível global e de insights de clientes, candidatos e parceiros.
- Maior capacidade de escolha e evolução nas preferências dos trabalhadores
Devido à escassez de profissionais, a escolha da organização em que se quer trabalhar estará ao alcance de um número crescente de profissionais. A par da retribuição, os trabalhadores exigirão cada vez mais flexibilidade e autonomia, uma cultura de confiança e um foco crescente no propósito organizacional e nos valores sociais e ambientais. Com base nestes pressupostos, as empresas poderão criar propostas de valor competitivas e em linha com as preferências da sua base de talento. - Trabalho não depende do escritório
Os profissionais não querem perder a autonomia e flexibilidade conquistadas durante a pandemia e valorizam cada vez mais o equilíbrio entre a casa e o trabalho. Neste contexto, os modelos de trabalho híbridos e remotos serão mais procurados e as equipas de RH terão pela frente o desafio de repensarem a contratação, o onboarding e o bem-estar dos trabalhadores. - A escassez de talento e na necessidade de requalificação
Os empregadores precisam de ser cada vez mais criativos e flexíveis, para garantir a atração, o compromisso e requalificação das suas equipas, numa altura em que são exigidas aos profissionais cada vez mais competências, técnicas como humanas. A requalificação dos trabalhadores, permitirá abordar a atual escassez de talento, confirmando-se, cada vez mais, como um fator de atração de talento. - A transformação digital é tecnológica, mas também humana
A aplicação de analítica de dados e inteligência artificial permitirá prever o potencial de desempenho de cada trabalhador, a sua adequação face a futuras oportunidades profissionais, bem como aumentar a diversidade e reduzir as desigualdades. Apesar da tecnologia ter cada vez mais impacto nos modelos de negócio e na experiência de clientes e trabalhadores, as organizações também estão cada vez mais conscientes da importância do binómio talento e tecnologia no sucesso da transformação digital. O impulso das competências humanas e da cultura certa ganham, assim, protagonismo como a chave para o progresso digital. - Paridade no mundo do trabalho
A forte redução no número de trabalhadores dedicados aos setores mais impactados pela pandemia – e tipicamente mais femininos – como é o caso da educação, saúde ou restauração e hotelaria, deverá ser compensada com um aumento no acesso a oportunidades em setores de crescimento, onde as mulheres estão ainda sub-representadas, como é o caso da tecnologia. Deverá existir um esforço de inclusão consciente por parte das empresas, que considere elementos como a flexibilidade, a mentoria ou a valorização dos resultados, em vez da presença no escritório, para se conseguirem os desejados progressos na paridade de género no pós-pandemia. - A cultura organizacional ganha importância
A renovação da cultura da empresa é o ponto de partida para as empresas construírem confiança, reterem equipas remotas e melhorarem a experiência dos seus colaboradores, exigindo para isso a construção de uma proposta de valor que lhes traga um sentido de propósito e bem-estar. Uma liderança empática e pronta para um mundo digital será um fator relevante, de forma a garantir a permanência das pessoas na organização. - A prevenção da saúde mental
O bem-estar mental será, cada vez mais, uma prioridade das organizações, expandindo as áreas de saúde e segurança tradicionais. A necessidade de quebrar o estigma destas doenças exigirá que os empregadores sejam explícitos acerca do seu dever crescente de proteção da saúde mental. Assistiremos a uma crescente implementação de medidas de prevenção do esgotamento, bem como à revisão de políticas, benefícios e cultura organizacional, no sentido de promover a resiliência de trabalhadores e empresas. - Diversidade, Equidade e Inclusão
As questões relativas a política, raça, identidade e cultura continuam a criar uma crescente divisão na sociedade, levando as empresas a serem, cada vez, mais solicitadas pelos seus stakeholders a tomar posições sobre os temas sociais. As organizações deverão atuar de forma transparente e visível no sentido de promover diversidade, equidade, inclusão e sentimento de pertença, a nível interno e na sua relação com a sociedade, contribuindo para que todos possam beneficiar da recuperação económica e do progresso tecnológico. - As organizações ganham protagonismo no combate às alterações climáticas
A transparência em torno do Investimento socialmente responsável e a convergência de normas de combate às alterações climáticas estão a criar urgência para que empresas assumam a liderança na temática ambiental. Desta forma, a legislação em torno da ação climática e os compromissos organizacionais com as emissões zero são cada vez mais comuns, como forma de reduzir o impacto ambiental das organizações e posicioná-las como entidades responsáveis no tema da sustentabilidade. - Abertura para modelos de gestão de talento que reforcem a agilidade e resiliência
Modelos operacionais e de gestão de pessoas mais ágeis emergirão para responder às atuais transformações no mercado. Neste sentido, a capacidade de transformar dados em insights significativos será fundamental para minimizar os riscos na gestão do talento e otimizar a organização do trabalho, incluindo, por exemplo, modelos como o trabalho em freelance ou a contrato, que ganham crescente apetência, tanto por parte de empresas como de trabalhadores.
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