10 filmes que todos os CEO devem ver

Quantas vezes chegou ao fim de um filme e deu por si a pensar nas lições que aprendeu e em como gostaria de aplicá-las no dia a dia? São muitos os filmes que nos inspiram a fazer mais e melhor, e que partilham lições para uma boa liderança. Eis alguns deles.

Sebastião Luiz de Mello, presidente do Conselho Federal de Administração (CFA) do Brasil, partilhou no site Exame os 10 filmes que considera que todos os CEO deveriam ver.

Invictus

Direção: Clint Eastwood

O filme conta a história a partir da eleição de Nelson Mandela (Morgan Freeman) para presidente da África do Sul, quando o país ainda mantinha resquícios do apartheid. Para contornar a grave situação social e económica, Mandela une-se à equipa nacional de rugby. “Este filme é interessante para os diretores, pois o presidente Mandela terá uma relação próxima com o capitão da equipa, atuando como coach não para dar respostas, mas para fazer o atleta refletir sobre as situações e mudar os seus comportamentos”, explica Sebastião Luiz de Mello.

Nas Nuvens

Direção: Jason Reitman

Ryan Bingham (George Clooney) tem por função demitir pessoas. Uma vez que está habituado ao desespero e à angústia alheia, acaba por tornar-se numa pessoa fria. Este viaja por todas as cidades dos Estados Unidos, despedindo pessoas. Mas eis que surge algo revolucionador, quando o seu chefe decide contratar Natalei Keener (Anna Kendrick), que desenvolveu um sistema de despedimento por videoconferência e que, caso seja implementado, deixa Ryan num sério risco de ficar agora ele sem emprego. Este filme mostra aos diretores o conflito entre a gestão tradicional e a gestão moderna, que saí das escolas de negócios para transformar as relações.

Um Sonho Possível

Direção: John Lee Hancock

“Este é um filme muito emocionante, baseado em factos verídicos”, refere Sebastião Luiz de Mello. O jovem negro Michal Oher (Quinton Aaron) cresceu em lares adotivos. A sua vida muda quando conhece, no meio da rua, Leigh Ann (Sandra Bullock) que, sensibilizada pela sua situação, decide deixá-lo dormir na sua casa. Esta e a sua família decidem acreditar no potencial de Michael, dando-lhe uma família, uma escola e a hipótese de jogar numa equipa de futebol. O filme aborda temas como a superação, a esperança e como é importante acreditarmos em nós mesmos. “Além disso, faz-nos perceber que existem muitos talentos escondidos na empresa apenas à espera de uma oportunidade para fazer a diferença”, defende.

Jogada de Risco

Direção: Bennett Miller

Trata-se de mais um filme que recorre ao desporto para nos ensinar importantes lições para a vida pessoal e profissional. O filme conta a história de uma equipa de basebol com um orçamento reduzido que tem vindo a perder importantes atletas. O diretor da equipa, Billy Beane (Brad Pit), tenta controlar os problemas, mas sem sucesso até conhecer Peter Brand (Jonha Hll). Beane implementa as ideias de Brand e decide abrir mão de velhos conceitos de gestão e passar a contratar jogadores segundo o método defendido por Brand. A metodologia dá certo e a equipa vence vários jogos. O filme mostra como lidar com a mudança, abordando a questão dos princípios, a obstinação e a perseverança, para além de deixar a mensagem da possibilidade de mudar o rumo das nossas vidas a partir da crença e da defesa inabalável de um princípio.

De pernas pro ar

Direção: Roberto Santucci

Segundo o presidente do Conselho Federal de Administração (CFA) do Brasil, trata-se de um filme muito divertido. Este segue a vida de Alice (Ingrid Guimarães), uma mulher viciada no trabalho que perde o emprego e o marido no mesmo dia. Mas tudo muda quando conhece uma vizinha, dona de uma sex shop em decadência. Alice percebe que o negócio está de mal a pior apenas por falhas de gestão, pelo que decide tornar-se sócia da amiga. Para Sebastião Luiz de Mello, como Alice tem amplo conhecimento na área da gestão, consegue alavancar as vendas da sex shop e descobre que é possível dar a volta por cima, ser uma profissional de sucesso e ainda ter tempo para a família.

A fuga das galinhas


Direção: Peter Lord e Nick Park

Trata-se de um filme de animação britânico que conta a história de uma galinha que decide fugir do galinheiro, depois de descobrir que o seu futuro é ser comida. Esta, em conjunto com os seus amigos, vão viver várias aventura, até conseguirem alcançar os seus objetivos. “O filme é interessante para os diretores, pois traz lições sobre como trabalhar em equipa, sobre estratégia e criatividade”, refere.

Monstros SA

Direção: Pete Docter

Neste filme, Mike e Sulley sãp monstros empregados da empresa da Monstros SA. A energia que a empresa gera provém dos gritos das crianças, mas, como estas deixaram de se assustar, o lucro da empresa começa a cair. Sulley conhece uma menina e descobre que o riso dela também é capaz de gerar energia. O filme fala de reorganização na empresa, para além de mostrar que é possível superar as dificuldades, se soubermos descobrir oportunidades, mesmo perante a crise.

Coach Carter – Treino Para a Vida

Direção: Thomas Carter

“Inspirado numa história real, este filme é muito motivador”, refere Sebastião Luiz de Mello. Conta a história Ken Carter (Samuel L. Jackson), técnico de basquetebol que aceita treinar a equipa de um colégio da periferia. No colégio precisa de enfrentar a desmotivação dos pais e alunos. Mesmo assim, consegue impor um rígido regime que, para além de ajudar a melhorar as notas dos alunos, leva a equipa da escola a ganhar vários títulos. Para Sebastião Luiz de Mello, o filme fala sobre a liderança e o papel do líder para o bom trabalho em equipa.

Wall Street – O dinheiro nunca dorme

Direção: Oliver Stone

Gordon Gekko (Michael Douglas) sai da prisão, após cumprir uma pena por fraude financeira. Impossibilitado de operar no mercado financeiro, passa parte do tempo a falar e a escrever livros. Até conhecer Jacob Moore (Shia LaBeouf), um idealista operador do mercado de Wall Street.  “O filme faz-nos questionar até onde podemos ir para garantir sucesso e fama no mundo das empresas. Além disso, ensina-nos a trabalhar com o risco”, afirma.

O discurso do Rei

Direção: Tom Hooper

Este filme conta a história real do rei George VI da Inglaterra, pai da rainha Elizabeth II. Este sofria de uma gaguez que o impedia de discursar para grandes públicos, até conhecer o terapeuta Lionel Logue. Para Sebastião Luiz de Mello, a relação entre os dois traz grandes ensinamentos para a gestão. “Um deles é a importância de os líderes saberem comunicar entre si com eficiência e eficácia. Outra lição deste filme é a de que servir não significa dizer ‘sim’ a tudo. Apesar de ter o Rei como paciente, Lionel mantém uma postura firme e exigente. Muitas vezes, diante de uma situação, um gestor precisa de ser tão firme como Lionel, mas sem perder a delicadeza e o bom humor”, refere.

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