300 empresas compõem o mapa da realidade virtual na Europa

O setor da realidade virtual é uma das apostas firmes de Silicon Valley, pelo que não faltam empresas que alocam recursos a este negócio. Mas a Europa também não fica atrás neste crescimento e são já 300 as empresas emergentes que trabalham para pôr o Velho Continente no panorama mundial da realidade virtual.

300 empresas compõem o mapa da realidade virtual na Europa. É o que afirma a empresa The Venture Reality Fund, de Silicon Valley, que traçou a paisagem europeia da realidade virtual, em conjunto com a consultora francesa LucidWeb.

Das 300 start-ups identificadas no panorama europeu de realidade virtual, 116 participaram no relatório; o Reino Unido, com 26 empresas, a França com 19 e a Alemanha com 11 lideram o ranking.

O setor mais competitivo da realidade virtual na Europa é a indústria dos jogos, embora haja outros mercados que lutam para se destacarem. Por exemplo, o da tecnologia aplicada ao utilizador, centrada em interações VR com o cérebro ou outras partes do corpo.

No total, são 300 as empresas que compõem o mapa da realidade virtual na Europa. A este nicho pertence a Mindmaze, a start-up suíça que mais fundos conseguiu recolher, 100 milhões de dólares (cerca de 95 milhões de euros). No campo da saúde, a realidade virtual aplicada a este campo é usada para reabilitação, formação médica ou tratamentos mentais.

O estudo também salienta que as grandes tech adquiriram recentemente empresas de desenvolvimento de ferramentas 3D europeias, citando a adquisição da Two Big Ears pelo Facebook ou a da Obvious pelo Snap.

De facto, as grandes empresas tecnológicas, como o Facebook ou a Microsoft, estão a redobrar esforços para não ficarem fora de um mercado que, segundo a consultora especializada BlueAttack, envolverá mais de 6.000 milhões de euros em 2017.

O próprio fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, afirmou recentemente que não acreditava que a “boa realidade virtual” tivesse alcançado ainda o seu desenvolvimento pleno e atreveu-se a calcular em 3.000 milhões de dólares (perto de 2.842 milhões de euros) o investimento que a sua empresa terá de fazer nos próximos 10 anos para alcançar o seu objetivo.

Em  2016, o negócio já atingiu um valor de 3.382 milhões de euros, consolidando-se como uma das grandes apostas tecnológicas. Venderam-se entre 2 e 2,9 milhões de óculos de VR e as previsões apontam para um crescimento exponencial do mercado.

Neste previsível crescimento para 2017, de quase o dobro do seu valor, será fundamental a aparição de novos capacetes de realidade virtual e realidade aumentada, para além da consolidação dos já existentes. Se olharmos para os anos mais próximos, a BlueAttack pinta um futuro ainda melhor para o setor: em 2020, a realidade virtual poderá alcançar os 37.957 milhões de euros.

 

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